Em uma breve declaração à imprensa nesta quinta-feira (18), o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou que o governo não tinha conhecimento prévio de qualquer indício de irregularidade envolvendo Adroaldo Portal, ex-secretário-executivo do ministério,
Segundo o ministro, Adroaldo já integrava a estrutura da pasta antes de sua chegada ao comando do ministério e exercia as funções de secretário nacional do Regime Geral de Previdência Social com perfil técnico. Wolney explicou que a escolha para levá-lo à Secretaria-Executiva ocorreu para garantir a continuidade administrativa da pasta.
Quem é Weverton Rocha, senador alvo da PF na nova fase da operação Sem Desconto ‘Sem Desconto': PF prende filho do Careca do INSS e afasta número 2 da Previdência
“Nós não tínhamos qualquer informação real de envolvimento do Adroaldo com nenhum tipo de ato suspeito ou ilícito. Ele cumpria as funções como um técnico aplicado e competente. Trouxemos para a Secretaria-Executiva para que o ministério não parasse”, afirmou.
Wolney Queiroz ressaltou que as informações que motivaram a operação só se tornaram públicas nesta quinta-feira, e que, a partir disso, a pasta adotou as providências cabíveis. “Só a partir do dia de hoje, quando as informações foram colocadas a público, tivemos conhecimento e tomamos a iniciativa de exonerá-lo”, disse.
Operação sem desconto
A Operação Sem Desconto investiga um esquema nacional de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, com prejuízo estimado em até R$ 6,3 bilhões. Além de empresários e operadores financeiros, a investigação também atingiu agentes públicos e tem como alvos nomes ligados ao Congresso Nacional.
O Ministério da Previdência informou que segue colaborando com as investigações, em conjunto com o INSS e os órgãos de controle, e reforçou o compromisso com a apuração dos fatos e a recuperação dos recursos desviados.