O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira (18) que vetará
“Com todo o respeito que eu tenho ao Congresso Nacional, a hora que chegar na minha mesa, eu vetarei”, disse o petista em entrevista a jornalistas, no Palácio do Planalto.
Lula negou ainda que tenha autorizado o líder do Governo no Senado, Jaques Wagnert (PT-BA), a fazer um acordo para viabilizar a aprovação do texto.
“Se houve acordo com o governo, eu não fui informado. Então se o presidente não foi informado, não houve acordo”, disse.
Um dos pontos centrais do texto é a cumulação de penas nos crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A proposta impede a soma das penas desses delitos quando cometidos em um mesmo contexto.
Outra mudança é a possibilidade de redução de um a dois terços da pena para quem participou dos atos antidemocráticos em “contexto de multidão”, desde que não tenha financiado nem exercido liderança, além de garantir a progressão de regime para aqueles que tenham cumprido 1/6 da pena no regime fechado.
Ainda pelo projeto, pessoas em prisão domiciliar poderão considerar o trabalho como forma de reduzir a pena a ser cumprida — a chamada remição. Atualmente, apenas o estudo pode remir a pena na modalidade domiciliar.
De acordo com o relator do texto na Câmara, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), com as alterações, o tempo de prisão em regime fechado de Bolsonaro deve cair de 27 anos e 3 meses para 2 anos e 4 meses.
Os parlamentares aprovaram ainda uma emenda do senador Sergio Moro (União-PR) que limita as novas regras aos crimes ligados ao 8 de janeiro, para impedir que condenados por outros delitos sejam beneficiados. A mudança, no entanto, é