O líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), lamentou a decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de cassar os mandatos dos correligionários
O mandato dos parlamentares está sendo cassado por ofício da Mesa Diretora. No caso de Eduardo Bolsonaro, que mora nos Estados Unidos desde março, a perda de mandato ocorre pelo número de faltas suficientes. Já Ramagem, que fugiu para o exterior durante o julgamento da tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF), foi condenado a 16 anos e um mês prisão.
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A cassação dos parlamentares já era uma possibilidade ventilada por Motta. Na semana passada, o presidente da Câmara havia dito que gostaria de resolver os casos antes do recesso de fim de ano, e deu um prazo de cinco dias para ambos apresentarem uma defesa - prazo esse que se encerrou nesta quarta-feira (17).
Segundo Motta, “é impossível o exercício do mandato parlamentar fora do território nacional”. Já para Cavalcante, a cassação “escancara a deformação do sistema democrático brasileiro”, e ressalta que os colegas de Câmara foram votados por “milhões de brasileiros”, e são vítimas de perseguição política de setores do Judiciário.
“Hoje foram eles. Amanhã pode ser qualquer parlamentar que não se submeta. A história é clara: quando o Legislativo aceita a tutela, perde autoridade. E quando perde autoridade, a democracia adoece”, completou o líder do PL.