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Zema responde Malafaia após críticas em palanque da Avenida Paulista

Governador foi um dos alvos do pastor Silas Malafaia, que demonstrou incômodo com candidatos que se lançaram para 2026 no lugar do ex-presidente Jair Bolsonaro

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo)

O governador Romeu Zema (Novo) minimizou as críticas do pastor Silas Malafaia, que na manifestação da Avenida Paulista, em São Paulo, atacou aqueles “que se lançaram candidatos para 2026 se dizendo representantes da direita”.

Sem citar diretamente Zema, Malafaia fez uma referência aos governadores que já lançaram a pré-candidatura, entre eles o chefe do Executivo mineiro e também o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

“Estou ouvindo uma conversa por aí... ‘fulano é o candidato da direita no lugar de Bolsonaro’, ‘beltrano é o candidato da direita’. Nem um filho de Bolsonaro, nem ninguém da direita, tem que dizer ‘se Bolsonaro não for candidato, eu estou aqui’. Isso é imaturidade política”, afirmou Bolsonaro no ato da Avenida Paulista em 7 de Setembro.

Nesta segunda-feira (8), um dia após as críticas de Malafaia, Zema afirmou que a direita vai se beneficiar de lançar muitos candidatos. O governador lembrou que o religioso já o havia criticado anteriormente, cobrando que ele fizesse críticas públicas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e se retratou.

“O pastor Malafaia havia criticado os governadores, depois ele até se retratou especificamente referente ao meu caso. Acho que ele não estava acompanhando o que eu sempre tenho dito. E o que eu tenho sempre dito é que está havendo sim uma perseguição política no Brasil. Nós temos hoje um governo federal que está muito mais focado em perseguir seus inimigos políticos do que propriamente em ter um plano de longo prazo”, disse Zema.

“E isso está muito nítido no Supremo. Nós temos hoje aberrações jurídicas. Onde um juiz que é vítima, investiga e julga. Nunca vi isso em nenhum sistema judiciário sério. Temos um Supremo que está atuando muito mais politicamente do que juridicamente. Eu tenho dito que sou favorável à anistia, porque quando você pacifica, você passa a olhar para o futuro. Enquanto você não pacifica, você está carregando um saco de pedras. E o Brasil já anistiou assassinos, assaltantes de bancos, sequestradores, coisa muito pior. E por que não fazermos isso agora e olhar para frente? Então, a minha posição continua a mesma. Fui ontem a São Paulo exatamente para demonstrar o meu apoio”, afirmou Zema.

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Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022
Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.