O senador Carlos Viana (Podemos-MG) voltou a defender que a CPMI do INSS utilize acareações como
Segundo Viana:
- O empresário Antônio Carlos Camilo, conhecido como “Careca do INSS”, deve ser colocado frente a frente com dois ex-diretores financeiros que já depuseram à comissão.
- A CPMI também avalia acareação entre Careca e o advogado Eli Cohen, considerado o primeiro denunciante do esquema.
- “Cada um contou uma parte e escondeu a maioria das informações, mas mentiram. O choque de versões vai mostrar quem realmente tem algo a esclarecer”, disse.
O senador explicou que a estratégia da comissão é pressionar os chamados “elos mais fracos”, que não têm recursos para sustentar defesas milionárias. “Se eles não colaborarem, serão penalizados muito mais até do que o mentor, que conseguiu se esconder por trás da documentação que arquitetou”, afirmou.
Críticas ao STF e aos habeas corpus
Viana também fez críticas contundentes às decisões do Supremo Tribunal Federal que concederam habeas corpus a investigados chamados pela CPMI.
- “Temos uma lei que obriga a testemunha a comparecer. Mas saiu habeas corpus dizendo que ela vem se quiser. Ou a lei da CPMI está errada ou o ministro que deu a decisão”, declarou.
- O senador acusou os ministros de agir por “vaidade” e de criar um “emaranhado de proteção” a investigados com fortes conexões políticas e jurídicas.
- “Esses senhores têm advogados milionários, com amizades nas principais cortes do país, e isso destrói a confiança da população no Estado”, afirmou.
Proposta de mudança na lei das CPIs
Para reagir, Viana anunciou que apresentou um projeto para tornar as CPIs mais fortes. A ideia, segundo ele, é submeter a proposta a sugestões e audiências públicas, mas o objetivo central é garantir que o Congresso mantenha sua autonomia investigativa diante das cortes superiores.
“Não estamos disputando com o Supremo. Queremos apenas nossa linha de apuração. Mas vemos pessoas com movimentação financeira incompatível recebendo decisões que as blindam de prestar esclarecimentos. Isso destrói a confiança no Estado”, concluiu.