O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou nesta quinta-feira (25) que o
Gaspar destacou que a Polícia Federal e a própria CPMI já reuniram provas que colocam o investigado no “epicentro do maior roubo aos aposentados e pensionistas do Brasil”. De acordo com o relator, o grupo teria movimentado mais de R$ 6 bilhões em operações fraudulentas. “Montaram uma estrutura de máfia dentro da Previdência. Mais de 97% dos entrevistados pela CGU afirmaram nunca ter autorizado descontos associativos. Esse mecanismo foi usado para legitimar retiradas ilegais da folha de aposentados e pensionistas”, afirmou.
O deputado também chamou atenção para a dimensão do problema envolvendo empréstimos consignados, que representam cifras ainda maiores. Segundo ele, enquanto os descontos associativos variavam entre R$ 300 e R$ 400 milhões, os consignados chegaram a movimentar R$ 7 bilhões por mês em 2023.
Gaspar apontou possíveis irregularidades como autorizações falsas, cobranças sem contrato e taxas de juros diferentes das pactuadas. “O que foi desviado dos aposentados é grave, mas a maior parte ficou nas mãos da organização criminosa. Acima do Careca estão os verdadeiros chefes que ele tenta proteger”, disse.
O relator ressaltou que apenas 10 das 40 associações investigadas foram analisadas até agora, mas os números já revelam desvios que ultrapassam R$ 1 bilhão. Ele afirmou que, com o envio dos pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal aprovado nesta semana, a CPMI terá acesso a dados mais concretos a partir dos próximos dias. “Não podemos permitir que mais de R$ 6 bilhões roubados fiquem impunes. O que importa é seguir o rastro do dinheiro e responsabilizar quem se beneficiou do crime”, concluiu Gaspar.