A megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortes, foi considerada “necessária” pelo presidente do PT no Rio de Janeiro e prefeito de Maricá, Washington Quaquá. Em vídeo publicado nas redes sociais nessa quarta-feira (29), ele também criticou a forma como a ação foi conduzida, apesar de considerar sua importância no combate ao domínio de facções criminosas sobre territórios.
“Não concordo com a maneira como o governador botou o pé na operação, tentando jogar a culpa no governo federal, mas a ação foi necessária, embora devesse ser melhor planejada”, analisou.
Quaquá destacou a necessidade de uma maior articulação entre os municípios da Região Metropolitana, o governo estadual e o governo federal.
“Devia ter articulado os municípios da Região Metropolitana, buscado armamento das guardas municipais, ter uma força-tarefa conjunta”, disse.
O petista criticou o uso político da operação. “O que não podemos, neste momento, é tentar politizar, tentar jogar culpa no outro”, destacou. “Temos que aproveitar que se iniciou o combate à ocupação de território pelo crime organizado para que todos baixem a bola — prefeitos, governador, presidente, Congresso e Supremo — e trabalhem juntos”, afirmou.
A posição de Quaquá vai de encontro ao que defendem petistas como Lindbergh Farias, o deputado Reimont (PT) e a deputada Benedita da Silva (PT), pré-candidata ao Senado no RJ.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse, em entrevista coletiva em Brasília, nessa quarta-feira (29), que o presidente Lula (PT) ficou “estarrecido” com a quantidade de mortes na megaoperação contra o Comando Vermelho (CV).
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