O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou, na noite desta quarta-feira (20), à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório final da Polícia Federal que aponta a prática de crimes pelo
Na decisão, o ministro ainda determina que o ex-presidente seja ouvido em até 48 horas para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento de medidas cautelares, reiteração de condutas ilícitas e risco de fuga. A decisão foi tomada no âmbito do Inquérito 4995.
Eduardo Bolsonaro pressionou pai a apoiar Trump para evitar desgaste com EUA, diz PF Bolsonaro tinha carta com pedido de asilo a Milei, diz PF Silas Malafaia é alvo de busca e apreensão em aeroporto no Rio Malafaia teria instigado Bolsonaro e descumprir medidas cautelares, diz PF PF recuperou um mês de conversas apagadas por Bolsonaro, aponta relatório Relatório da PF confirma que Bolsonaro transferiu R$ 2 milhões para Eduardo Proibido de fazer contato, Braga Netto enviou mensagem para Bolsonaro, aponta PF Lindbergh cita indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro e cobra responsabilização no STF
O relatório também aponta envolvimento do blogueiro Paulo Figueiredo e do
Segundo a PF, o objetivo do grupo seria interferir na ação penal em que Bolsonaro e outros sete envolvidos são réus do STF, além de buscar medidas para constranger instituições democráticas brasileiras, “objetivando subjugá-las a interesses pessoais e específicos”.
O relatório indica que Eduardo e Figueiredo buscaram, junto a autoridades dos Estados Unidos, a imposição de sanções contra agentes públicos brasileiros com o argumento de perseguição política a Jair Bolsonaro.
Indiciamento
A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
As investigações, que apuraram ações de coação no curso da Ação Penal n° 2668, em trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF) foram concluídas e o relatório final foi encaminhado ao STF, na última sexta-feira (15).
No relatório, a PF afirma que ambos têm atuado para obstruir o avanço da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, que tem Bolsonaro como principal réu.
Em uma das constatações, o documento cita que Eduardo usou as redes socias com conteúdos em inglês para “alcançar parcela do público exterior bem como interferir e embaraçar o regular andamento da AP 2668/DF e coagir autoridades públicas brasileiras”.
Além disso, a PF cita uma publicação feita pelo presidente americano, Donald Trump, sobre Jair Bolsonaro, em que o parlamentar “passou a tecer falas nas quais anunciava iminentes ações contrárias a autoridades e/ou ao Estado Brasileiro, deixando claro que estava atuando diretamente no estrangeiro em prol desse resultado, e que tinha ciência do que estava por vir”.