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Mapa da Fome: entenda como a ONU avalia a segurança alimentar em cada país

Segundo o levantamento, isso significa que menos de 2,5% da população está em risco de subnutrição, o que retira o país da categoria de insegurança alimentar grave

O novo resultado reflete a média trienal dos anos de 2022, 2023 e 2024.

O Brasil voltou a sair do Mapa da Fome após três anos, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (28) pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o levantamento, isso significa que menos de 2,5% da população está em risco de subnutrição, o que retira o país da categoria de insegurança alimentar grave.

O Mapa da Fome é elaborado pela agência especializada da ONU para Agricultura e Alimentação — Food and Agriculture Organization (FAO), em inglês — e aponta os países em que a população não tem acesso à alimentação ou tem acesso inadequado ou insuficiente aos níveis considerados fundamentais para uma vida saudável.

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Indicadores utilizados na avaliação

Um país entra no Mapa da Fome quando mais de 2,5% da população enfrenta falta crônica de alimentos. Para identificar esse percentual, a FAO utiliza os seguintes indicadores:

  • Profundidade da fome – medida pela estimativa de pessoas que enfrentam fome ou consomem alimentos de forma insuficiente e inadequada;
  • População – identificação de grupos em situação de vulnerabilidade social que enfrentam a fome;
  • Desnutrição – considera a parcela da população que não tem acesso à alimentação suficiente ou adequada.

Brasil fora do Mapa da Fome

Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o resultado histórico para o Brasil, que saiu do relatório em tempo recorde — pela segunda vez durante algum mandato do petista.

Em 2014, o Brasil também havia deixado o Mapa da Fome, mas retornou em 2019.

O novo resultado reflete a média trienal dos anos de 2022, 2023 e 2024.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até o final de 2023 o Brasil retirou cerca de 24 milhões de pessoas da condição de insegurança alimentar grave — número que havia se agravado no pós-pandemia, quando aproximadamente 33 milhões de brasileiros não tinham o que comer.

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.