Após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal licenciado
Aos investigadores,
Citado por Eduardo Bolsonaro, o empresário baiano Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, era um dos presos do 8 de janeiro. Ele morreu vítima de mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda, para onde Bolsonaro também deve ser levado.
O parlamentar também negou uma possível tentativa de fuga por parte de Jair Bolsonaro. Na decisão pela prisão, o ministro Alexandre de Moraes citou a proximidade da casa do ex-presidente com a embaixada dos Estados Unidos e a possibilidade de um pedido de asilo à Argentina.
“Um senhor de 71 anos, em uma prisão residencial, em um país onde todo mundo conhece ele, vigilância 24h por dia, câmera com sensor de movimento. No entanto, ele consiguiria fugir... é óbvio que não”, afirmou Eduardo Bolsonaro, que definiu as acusações sobre uma tentativa de fuga como ridículas.
Prisão de Bolsonaro
Jair Bolsonaro (PL) teve a prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Polícia Federal (PF). A detenção do ex-presidente ocorreu por volta das 6h deste sábado (22), em sua própria residência, no condomínio Solar de Brasília.
Segundo a decisão de Alexandre de Moraes, presidente do STF, a prisão preventiva foi decretada porque Bolsonaro descumpriu as medidas cautelares da prisão domiciliar. O despacho afirma que a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) na frente do condomínio do pai, era um pretexto para causar desordem pública e facilitar uma fuga.
De acordo com informações do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, o ex-presidente também tentou romper a tornozeleira eletrônica por volta das 00h deste sábado.
“A informação consta da intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, disse Moraes.
Cabe lembrar que essa prisão não se trata da pena da condenação por tentativa de golpe, no qual Bolsonaro recebeu 27 anos e três meses de prisão. É possível que ele fique na PF até segunda-feira (24), quando acaba o prazo dos recursos do julgamento do golpe.
Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que recebeu a decisão com “profunda perplexidade” e que vai recorrer. Os advogados também tentavam que a condenação em regime fechado pela tentativa de golpe fosse revertida em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado por Moraes.
“Apesar de afirmar a “existência de gravíssimos indícios da eventual fuga”, o fato é que o ex-Presidente foi preso em sua casa, com tornozeleira eletrônica e sendo vigiado pelas autoridades policiais. Além disso, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco”, disseram os advogados.