A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal divulgou um vídeo, neste sábado (22), em que aponta que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro “possuía sinais claros e importantes de avaria. Havia marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local do encaixe/fechamento do case”.
Um relatório da análise da situação mostra que Bolsonaro foi questionado sobre que instrumento havia utilizado. O ex-presidente disse que tinha usado um ferro de solda na tentativa de violar o equipamento. A ação começou no fim da tarde de sexta-feira (21) e foi até a madrugada de sábado (22).
Segundo o Memorando nº 195/2025, emitido pelo Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME), o sistema registrou um alerta de violação do dispositivo às 00h07. A equipe de escolta posicionada nas proximidades da residência do ex-presidente foi acionada imediatamente, assim como a direção da unidade.
A inspeção técnica identificou sinais claros de avaria por queimadura ao redor de toda a circunferência da tornozeleira, especialmente na área de fechamento do case.
Veja o diálogo entre a funcionária e Bolsonaro durante a perícia
Funcionária - Equipamento 85916-5. Você usou alguma coisa para queimar isso aqui?
Bolsonaro - Meti um ferro quente aí. Por curiosidade.
Funcionária - Que ferro foi? Ferro de passar?
Bolsonaro - Não, ferro de soldar. Solda.
Funcionária - Aquele que tem uma ponta? O senhor tentou puxar a pulseira também?
Bolsonaro - Não, não, não, não puxei nada não. Não rompi a pulseira não, está tudo tranquilo aí.
Funcionária - Pulseira aparentemente intacta, mas o case violado.
Funcionária - A que horas o senhor começou a fazer isso, senhor Jair?
Bolsonaro - No final da tarde.
Funcionária - Final da tarde? Está certo. Essa tampa começou a soltar?
Bolsonaro - Não, não soltou não.
Bolsonaro violou o uso da tornozeleira eletrônica para fugir, diz Moraes Veja o que diz a decisão de Moraes que pediu a prisão de Bolsonaro Prisão coloca vida de Bolsonaro em risco, diz defesa
Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22) de forma preventiva. A decisão foi do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O magistrado alegou que o ex-presidente dava sinais de tentativa de fuga e violação de medidas cautelares.
