Bolsonaro violou o uso da tornozeleira eletrônica para fugir, diz Moraes

Ex-presidente teria tentado romper o equipamento na madrugada deste sábado (22), pouco antes de ser preso preventivamente

Jair Bolsonaro exibiu sua tornozeleira durante passagem pelo Congresso em julho

Um dos motivos que levou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22), foi a violação do uso da tornozeleira eletrônica. A informação está na decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base em comunicado do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal.

Segundo a decisão, Bolsonaro violou o equipamento de monitoramento eletrônico às 0h08 deste sábado. “A informação consta da intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, disse Moraes.

A manifestação citada pelo magistrado é a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) pelas redes sociais. Esse encontro estava marcada para às 19h, no condomínio Solar de Brasília 2, onde o ex-presidente estava cumprindo prisão domiciliar.

Moraes considerou que Bolsonaro descumpriu as medidas cautelares após a convocação da vigília em frente a sua casa. Cabe lembrar que a prisão preventiva ainda não se trata da pena pela condenação no processo da tentativa de golpe, onde ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar a trama.

Bolsonaro foi levado para uma sala na superintendência da Polícia Federal em Brasília. É possível que ele fique preso até segunda-feira (24), quando acaba o prazo dos recursos do julgamento do golpe.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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