Jair Bolsonaro foi detido por volta das 6h deste sábado (22). O comboio da Polícia Federal deixou o condomínio e chegou à sede da corporação às 6h35. Após os trâmites iniciais, o ex-presidente foi transferido para a Superintendência da PF,
A convocação de uma vigília religiosa feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na noite de sexta-feira (21) foi o estopim para que a Polícia Federal pedisse - e o Supremo Tribunal Federal autorizasse - a prisão preventiva do ex-presidente.
Conforme apurado pela Itatiaia, a corporação avaliou que o ato, marcado para ocorrer em frente ao condomínio onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, representava risco concreto à ordem pública, aos participantes e aos agentes responsáveis pela segurança na área.
A decisão
A decisão relata o histórico das medidas cautelares impostas a Bolsonaro. A Polícia Federal apresentou fatos novos indicando possível tentativa de Bolsonaro de frustrar o cumprimento da pena.
Segundo a PF,
- “Vamos invocar o Senhor dos Exércitos!”
- “VIGÍLIA PELA SAÚDE DE BOLSONARO E PELA LIBERDADE NO BRASIL!”
- “Você vai lutar pelo seu país ou assistir tudo do celular aí do sofá da sua casa?”
- “A nossa pátria não vai continuar nas mãos de ladrões, bandidos e ditadores.”
A PF alerta que a concentração pode “gerar um grave dano à ordem pública”, podendo “criar um ambiente propício para sua fuga”.
Também lembra que a organização criminosa investigada havia elaborado “um plano […] com o objetivo de garantir a fuga de Jair Bolsonaro caso a tentativa de Golpe de Estado fosse frustrada”.
A PF pediu para substituir a prisão domiciliar por “recolhimento cautelar imediato na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal”, para preservar a ordem pública e evitar fuga.