O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro precisa ser conduzido com “serenidade” e sem qualquer tipo de interferência.
“O julgamento precisa ser feito com absoluta serenidade, mas cumprindo o que diz a Constituição, sem interferências, venha de onde vier”, afirmou o presidente do STF à jornalistas após participar de um evento no Rio de Janeiro.
A Primeira Turma do STF inicia nesta terça-feira (2) o julgamento de Bolsonaro e outros sete aliados no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Apesar da declaração, Barroso não participará da análise, já que não integra a Primeira Turma, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.
O ministro também destacou que golpes e rupturas institucionais marcaram a história do país e reforçou a importância de um julgamento justo para evitar retrocessos.
“A história do Brasil sempre foi história de golpes, contragolpes e tentativas de quebra institucional. Temos, desde a redemocratização, 40 anos de estabilidade institucional. Se comprovar que houve tentativa golpe, o julgamento ainda vai ocorrer, acho que é muito importante julgar, encerrar o ciclo do atraso no país”, complementou Barroso.