A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa na próxima segunda-feira (9), às 14h, os interrogatórios dos réus do “Núcleo 1” do processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. A sessão será realizada no plenário presencial da Corte.
O primeiro a ser ouvido será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem precedência por ter fechado um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
Na sequência, os interrogatórios serão realizados em ordem alfabética:
- Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto (PL), general, ex-ministro da Defesa e ex-candidato à Vice-Presidência da República.
Moraes reservou mais quatro sessões, até o próximo dia 13, caso haja necessidade para concluir os interrogatórios, sendo que as reuniões de quarta e quinta-feira serão mais curtas em razão da sessão do plenário do Supremo:
- 10/06: 9h às 20h;
- 11/06: 8h às 10h;
- 12/06: 9 às 13h;
- 13/06: 9 às 20h.
Nesta segunda-feira (2), a Corte encerrou as oitivas das testemunhas de defesa e acusação do caso com o depoimento do senador Rogério Marinho (PL-RN), que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo anterior.
Ele negou ter discutido um possível golpe de Estado e disse que havia uma preocupação de Bolsonaro com uma transição pacífica de governo.
Ao todo, foram ouvidas 52 testemunhas, sendo cinco indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e 47 designadas pelas defesas do réus, sendo que duas prestaram depoimento por escrito.
Houve ainda a desistência de 28 testemunhas, a maior parte dispensada pelas defesas (27).