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Pedágios no Vetor Norte: veja mudanças no projeto do Governo de Minas

Projeto da Secretaria de Estado de Infraestrutura será republicado neste sábado (26) com isenção em viagens repetidas, aumento do DUF e mês de adaptação

Rodovia do Vetor Norte.

O projeto de concessão das rodovias estaduais no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte será republicado neste sábado (26) pelo governo de Minas Gerais com mudanças. Entre as novidades estão a isenção de tarifa a partir da segunda passagem para carros e motos que utilizarem o mesmo pórtico no mesmo sentido mais de uma vez ao dia, o aumento do DUF (Desconto de Usuário Frequente) e a implantação de um mês de “marcha branca” — período em que os pórticos funcionarão sem cobrança para adaptação dos motoristas.

O novo edital também inclui outros investimentos, entre eles a iluminação pública na MG-424 e aprimoramento dos locais de implantação de passarelas - inclusive a próxima ao aeroporto.

Outras intervenções incluem a construção de três novos contornos viários, em pista dupla, nas cidades de Lagoa Santa, Prudente de Morais e Matozinhos. Ao todo, o novo projeto prevê a construção de 31 novos viadutos e pontes, 23 novas passarelas e 26 pontos de ônibus.

A reformulação acontece após uma série de questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG), que exigiu maior detalhamento técnico e jurídico por parte do Executivo estadual. O secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno, afirmou, em entrevista exclusiva à Itatiaia, que a nova versão será “muito melhor” e que todos os pedidos do TCE serão atendidos dentro do prazo.

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“Estou muito otimista de que esse projeto, fruto de muito diálogo, vai trazer benefícios para a nossa população da Região Metropolitana, sobretudo para a população do Vetor Norte, que sofre muito com o problema de mobilidade. [...] Tenho muito otimismo que o projeto que vai ser agora republicado vai estar muito melhor do que o projeto original”, declarou o secretário.

O TCE cobrou documentos como os estudos que embasaram a estrutura econômico-financeira da concessão, a metodologia de cálculo das tarifas, os estudos de tráfego, os planos de negócios da futura concessionária e as justificativas para a localização das praças de pedágio. Os pedidos foram entregues nesta quinta-feira (24).

A movimentação do TCE atende à representação apresentada pela oposição ao governo Zema na Assembleia Legislativa, que critica a legalidade e os impactos da concessão de 124 km de rodovias que passam por 13 municípios da Grande BH. Entre os trechos afetados estão rotas estratégicas como o caminho entre Belo Horizonte e o Aeroporto de Confins e o trajeto até a Serra do Cipó.

Apesar das críticas, o governo defende que a cobrança é necessária para viabilizar melhorias viárias.

Segundo o governo, as tarifas previstas terão descontos progressivos para motoristas frequentes. Por exemplo, no trecho BH-Confins, a tarifa inicial de R$ 7,74 pode cair para R$ 3,79 na trigésima passagem. Já no caminho até a Serra do Cipó, o valor inicial de R$ 13,36 pode ser reduzido para R$ 6,54 após 30 viagens, um desconto de mais de 50%.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.