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Presidente do PDT em Minas quer Ciro Gomes na disputa pelo Planalto em 2026

‘Sinto no coração dele aquele desejo de ser candidato’, disse o deputado federal Mário Heringer

Deputado federal e presidente do PDT em Minas, Mário Heringer

O deputado federal e presidente do PDT em Minas, Mário Heringer, disse nesta quarta-feira (23), em entrevista exclusiva à Itatiaia, que espera ver Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, ex-ministro e quadro histórico do partido, na disputa pela Presidência da República nas eleições do ano que vem. De acordo com o parlamentar, ainda que Ciro já tenha sinalizado que não pretende entrar na corrida pelo Planalto, ele acredita que a situação possa mudar até 2026.

“O Ciro Gomes, para mim, ainda é o meu candidato. Eu falo de vez em quando com o Ciro, e estou vendo que a afirmação dele de não ser candidato é constante. Mas sinto no coração dele aquele desejo de ser candidato. Ele gosta muito do Brasil, representa uma grande parcela da sociedade que quer ver o Brasil diferente, despolarizado”, disse o deputado.

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Independentemente de seu desejo pessoal, Heringer disse que seguirá as orientações do PDT, que hoje faz parte da base do governo Lula. “O PDT está apoiando o governo, mas, se porventura o meu partido colocar em discussão se vai ter candidato, eu vou apoiar a candidatura do Ciro. Mas eu vou seguir as orientações do partido”.

Candidatura própria ao governo de Minas?

Sobre a disputa estadual, Mário Heringer disse que neste momento o PDT não trabalha com uma candidatura própria para o governo de Minas, mas que a questão não está fechada. “Parece que está longe, mas está perto. E é claro que a gente está conversando. Temos várias alternativas. Nós, neste momento, não sinalizamos com nenhum candidato a governador do nosso partido, mas não é impossível que a gente tenha, porque quadros nós temos”, afirmou.

De acordo com o parlamentar, o partido já está trabalhando em possíveis alianças para as eleições. “Nós precisamos compor com vários partidos exatamente o que vamos fazer, porque a gente não é governador de um partido só, a gente não é senador de um partido só. Essas disputas dependem de uma relação transpartidária. Não adianta um partido do porte do meu, um partido pequeno, médio — na verdade, é o segundo maior partido de centro-esquerda —, mas é pequeno, e sozinho a gente não pensa em fazer nenhum enfrentamento”, pontou.

“As conversas estão andando. Como está muito longe, mas está perto (eleições), como eu disse, é importante para a gente em determinados momentos não antecipar. Não antecipa porque o adversário também está de olho nas nossas conversas. Mas que nós vamos estar disputando na chapa majoritária de algum lado, a gente vai estar”, acrescentou Heringer.

Editor de Política. Formado em jornalismo pela Newton Paiva e pós-graduado em comunicação empresarial pela Universidad de Barcelona (ESP). Já trabalhou no Lance!, no Diários Associados e em O Tempo.