O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), inaugurou, na manhã desta segunda-feira (17), a nova sede do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família, o Defam, que agora vai funcionar no Barro Preto, região Centro Sul de Belo Horizonte, na Rua Rio Grande do Sul, 671.
Ao lado da chefe da Polícia Civil, Dra. Letícia Gamboje, Zema defendeu a instalação de mais delegacias especializadas em Minas Gerais, com mais espaços para que mulheres possam procurar ajuda.
“Nós temos a instalação de mais delegacias especializadas em todo o Estado, de mais mulheres nas delegacias, o que facilita o acesso de qualquer mulher que procure ajuda, temos tido um fortalecimento da defensoria pública em todo o estado, também a defensoria complementa o trabalho que a polícia civil faz, temos mantido um trabalho muito próximo com as prefeituras que também acabam ajudando na questão da assistência. Providenciando um alojamento já que muitas vezes não é possível que a mulher retorne para o lar aonde ela sofreu agressão”, afirmou Zema.
O projeto pretende ampliar as políticas planejadas e executadas pela instituição para todas as regiões do estado, de forma sistematizada, alinhado à Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
O governador avaliou que a segurança pública no Brasil seria melhor se o sistema jurídico punisse de forma mais exemplar os criminosos e falou sobre a frustração de policiais com a impunidade.
“Tudo isso poderia melhorar muito mais se nós tivéssemos no Brasil um sistema jurídico que punisse mais exemplarmente. Ainda temos, em diversos tipos de delitos, aquela questão de ‘prende-solta-prende-solta’, o que é uma grande frustração para as nossas forças de segurança”, disse.
“Em Minas Gerais nós temos uma pessoa que está hoje na rua, que já furtou e roubou mais de 70 celulares. Com certeza, hoje ou amanhã, vai ser mais um, ele vai ser detido e vai ser libertado. Esse sistema, na minha opinião, é um sistema que educa infratores para a infração”, continuou Zema.
Zema afirmou que é preciso valorizar o trabalho das forças policiais e que, atualmente, o policial tem medo de abordar pessoas, pois pode ser taxado, segundo Romeu Zema, de “X-fóbico, ou Y-fóbico”.
“Levamos a Brasília já essas sugestões, nós governadores do Sul e do Sudeste, o Cosude. Temos convicção que isso é uma mudança extremamente necessária. Darmos mais liberdade para as forças de segurança atuarem. Hoje, o policial, tanto civil quanto militar, tem receio de abordar alguém. Se alguém tem característica X, amanhã ele vai ser taxado de X-fóbico. Se alguém tem uma característica Y, vai ser Y-fóbico. Então daqui a pouco não podemos abordar mais ninguém, porque criou-se infelizmente essa situação. E se uma comunidade, num país quer ser seguro, precisa ter forças de segurança”, disse Zema.
