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PDT pede que Moraes inclua Meta no inquérito das Fake News

Empresa que controla Facebook, Whatsapp e Instagram anunciou mudanças nas políticas de moderação de conteúdo; Duda Salabert também anunciou projeto que dá mais clareza à apologia ao nazismo

Mark Zuckerberg, CEO da Meta

Uma petição foi apresentada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para incluir a Meta, empresa que tem Mark Zuckerberg como CEO e que controla as redes sociais Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, no inquérito das Fake News. O PDT, que apresentou o documento assinado pela deputada federal Duda Salabert e pelo presidente nacional da legenda, André Figueiredo, cita as mudanças recentes nos modelos de verificação de fatos das redes.

O partido pede que a empresa seja intimada a prestar esclarecimentos sobre suas políticas, os impactos de suas mudanças e sua possível contribuição para um ambiente digital permissivo a práticas ilegais.

O pedido detalha uma série de preocupações relacionadas às mudanças nas políticas de moderação de conteúdo e condução de plataformas anunciadas pela Meta e descreve os impactos potenciais dessas alterações, especialmente no contexto brasileiro, onde, segundo a petição, a fragilidade institucional e o uso das redes sociais para narrativas políticas tornam o ambiente digital mais suscetível a desinformação e discursos de ódio.

O texto posiciona as mudanças da Meta como uma ameaça à soberania brasileira e à democracia, considerando o impacto potencial dessas políticas no contexto social, político e legal do país, e reforça a importância de medidas regulatórias para proteger os direitos fundamentais.

A petição aponta que essas ações da META podem configurar participação em condutas criminosas, como o favorecimento de milícias digitais investigadas em inquéritos judiciais no Brasil.

Mudanças na Meta

Recentemente, Zuckerberg anunciou mudanças nas políticas de moderação de conteúdo de suas plataformas, que foram interpretadas como um alinhamento com a administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Entre as mudanças está o fim do fact-checking e a substituição por um sistema colaborativo que depende de consenso entre os usuários.

A empresa também flexibilizou as regras para conteúdos considerados ofensivos, como insultos e declarações discriminatórias, especialmente contra pessoas LGBTQIA+.

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PL contra apologia ao nazismo

Nesta terça-feira (21), Duda Salabert também anunciou a apresentação de um projeto de lei que dá mais clareza à apologia ao nazismo no Brasil. De acordo com a deputada, a lei atual “combate símbolos e propagandas nazistas, mas não menciona explicitamente ‘gestos’”.

“Nos últimos anos, alguns políticos e figuras públicas no país tem resgatado, em tom de exaltação, gestos da simbologia nazista. Não podemos naturalizar esse tipo de atitude”, postou a deputada nas redes sociais.

A postagem de Duda é ilustrada pelo gesto do empresário Elon Musk durante a posse de Trump, que pode ser interpretado como um gesto nazista. A deputada compara, no post, o movimento do empresário ao do líder do Partido Nazista da Alemanha, Adolf Hitler.


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Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.