A gigante das redes sociais Meta anunciou, nesta terça-feira (7), que encerrará o programa de fact-checking (verificação de informações) nos Estados Unidos, um retrocesso em políticas de moderação de conteúdo. O fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, gravou um vídeo para explicar as mudanças. Ele classificou leis europeias como “censura” e acusou países da América Latina, sem citar nomes, de terem “cortes secretas que derrubam conteúdo”.
O bilionário comparou a medida com um movimento feito pelo X: “Vamos eliminar os fact-checkers (verificadores de conteúdo) para substituí-los por notas da comunidade semelhantes às do X (antigo Twitter), começando nos Estados Unidos”.
Zuckerberg informou que os filtros de conteúdo se dedicarão a combater crimes e violações como exploração sexual, e classificou a moderação de conteúdo como “enviesada”. Assim, a empresa vai confiar em denúncias dos próprios usuários “antes que tomemos alguma ação”.
“Vamos nos livrar da checagem de fatos. Os checadores são muito enviesados politicamente e destruíram mais verdade do que criaram, especialmente nos EUA”, acredita o empresário.
Zuckerberg admite que conteúdo sensível pode escapar neste contexto, mas o novo método vai reduzir a quantidade de conteúdo “que acidentalmente a gente derruba”.
Em um tópico chamado de “proteger a liberdade de expressão pelo mundo”, Zuckerberg deixou claro que vai apoiar a política de Donald Trump e disse que nenhum país protege a “liberdade de expressão” como os Estados Unidos. Sem citar o Brasil, cita “cortes secretas” na América Latina que ordenam empresas americanas a derrubar conteúdo.
Leia o trecho completo: