Agentes do Serviço de Imigração e Controle Aduaneiro dos Estados Unidos prenderam, nessa quarta-feira (3), o professor Carlos Portugal Gouvea, que se declarou culpado por disparar uma arma de pressão perto de uma sinagoga em Massachusetts no dia anterior ao Yom Kippur, o dia sagrado do calendário judaico, que neste ano ocorreu no dia 2 de outubro.
Segundo a agência de notícias Reuters, Gouvea teve o seu visto temporário de não imigrante revogado pelo Departamento de Estado norte-americano, após o
Gouvea é professor associado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, e trabalhava em Harvard como professor visitante durante o semestre de outono. Ele também concordou em deixar os Estados Unidos. A Itatiaia procurou a USP para comentar o caso, mas até o momento não houve retorno. O espaço segue aberto.
Segundo o seu perfil no site de Harvard, Gouvea é diretor executivo do Global Law Institute (IDGlobal), um dos principais centros de pesquisa em justiça ambiental e social do Brasil. Sua pesquisa é voltada para a comunidade indígena e quilombola, inclusive trabalhando na tradução da Constituição para línguas indígenas.
Ele é professor da USP desde 2011, e possui um doutorado em Direito por Harvard de 2008. Segundo a Reuters, a universidade americana se recusou a comentar o caso.
A prisão do professor ocorre no momento em que Trump pressiona Harvard para fazer um acordo para resolver uma série de acusações, incluindo a de que a instituição não tem feito um trabalho para combater o antissemitismo e proteger os estudantes judeus no campo.