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Veja o que dizem os indiciados pela PF por tentativa de golpe

Grupo foi indiciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa

Walter Braga Netto e Jair Bolsonaro

Na quinta-feira (21), a Polícia Federal (PF) indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de Estado. A conclusão do inquérito, que investiga os ataques do 8 de janeiro, foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso na Corte.

Leia abaixo o que dizem as defesas dos envolvidos que já se manifestaram até as 10h desta sexta-feira (22).

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  • Jair Bolsonaro - Nas redes sociais, o ex-presidente criticou Moraes. “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”.
  • Filipe Martins - “Vemos a notícia do indiciamento de Filipe Martins com naturalidade. A PF precisava justificar o que fez; levando um inocente à prisão. Não conseguirá! Temos as provas!”, diz nota divulgada pelos advogados de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência durante o governo Bolsonaro.
  • Walter Braga Netto - “A Defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto destaca e repudia veementemente, e desde logo, a indevida difusão de informações relativas a inquéritos, concedidas ‘em primeira mão’ a determinados veículos de imprensa em detrimento do devido acesso às partes diretamente envolvidas e interessadas. Assim, a Defesa aguardará o recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado”, diz comunicado da defesa do ex-ministro Walter Braga Netto.
  • José Eduardo de Oliveira e Silva - “Menos de 7 dias depois de dar depoimento à Polícia Federal o meu cliente vê seu nome estampado pela Polícia Federal como um dos indiciados pelos investigadores. Os mesmos investigadores que não se furtaram em romper a lei e tratado internacional ao vasculhar conversas e direções espirituais realizadas pelo padre os possuem garantia de sigilo”, começa a nota divulgada pela defesa do padre José Eduardo. “Quem deu autorização à Polícia Federal de romper o sigilo das investigações? Até onde eu sei o Ministro Alexandre de Moraes decretou sigilo absoluto. Não há qualquer decisão do magistrado até o momento rompendo tal determinação”, continua. “A nota da Polícia Federal com a lista de indiciados é mais um abuso realizado pelos responsáveis da investigação e, tendo publicado no site oficial do órgão policial, contamina toda instituição e a torna responsável pela quebra da determinação do Ministro de sigilo absoluto”, finaliza.
  • Marcelo Costa Câmara e Tércio Arnaud Tomaz - Representados pelo mesmo advogado, a defesa do coronel Marcelo Costa Câmara e de Tércio Arnaud Tomaz afirma que “discorda veementemente do indiciamento, pois entende que ele não se sustenta diante da ausência de qualquer elemento concreto” que vincule ambos às condutas investigadas. Os dois são ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Confiamos que o representante do Ministério Público, em sua atuação isenta, técnica e guiada pela busca da verdade, reconhecerá a necessidade de diligências complementares para esclarecer integralmente os fatos, o que evitará a propositura de denúncia baseada em elementos insuficientes ou especulativos”, afirma a defesa. Os advogados também reafirmam o “compromisso com a verdade e com o pleno respeito ao devido processo legal” e a afirmam acreditar que a inocência de Marcelo Costa Câmara e Tércio Arnaud será “devidamente reconhecida”.
  • Paulo Sérgio Nogueira - O advogado Andrew Fernandes disse que a defesa do ex-ministro “apenas se manifestará nos autos”.
  • Ronald Ferreira de Araujo Junior - “Embora o relatório final da investigação, ao que se sabe, ainda não tenha sido enviado ao Supremo Tribunal Federal, e tampouco tenha sido oferecida denúncia pela Procuradoria-Geral da República, o indiciamento de Ronald Ferreira de Araújo Júnior não condiz, a toda evidência, com a realidade dos fatos”, afirmam os advogados. “Militar por vocação, Ronald não participou, a qualquer título, dos supostos crimes investigados, tampouco concorreu, intelectual ou materialmente, para a prática de qualquer conduta voltada à subversão da ordem jurídica do país que sempre procurou dignificar por meio da farda”, destacam. A defesa afirma ainda confiar na “análise que será realizada pelo Ministério Público Federal e aguarda o acesso ao relatório da PF para maiores esclarecimentos”.
  • Almir Garnier Santos - “Em relação ao indiciamento do Almirante Almir Garnier, a defesa reitera a inocência do investigado, esclarecendo que ainda não teve acesso integral aos autos.”
  • Augusto Heleno - O advogado Matheus Milanez, da defesa de general e ex-ministro Augusto Heleno, disse que não vai se manifestar até ter acesso aos autos.
  • Anderson Gustavo Torres - “A defesa do ex-ministro Anderson Torres somente irá se posicionar após ter acesso ao relatório de indiciamento”, disse o advogado Eumar Novacki.
  • Alexandre Ramagem - A assessoria do deputado federal informou que não irá se manifestar.

O espaço desta reportagem segue aberto para as demais manifestações.

Com informações da CNN Brasil*


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Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia.