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Secretário de Infraestrutura avalia obras no estado e comenta desapropriações do metrô: ‘risco de vida’

Pedro Bruno, chefe da Seinfra, afirma que pasta trabalha junto com a concessionária responsável pelas obras do metrô de BH na questão das desapropriações

Metrô de BH

O secretário de estado de infraestrutura de Minas Gerais, Pedro Bruno, comentou nesta quarta-feira (13), durante o segundo dia do Congresso Mineiro de Novos Gestores, em Belo Horizonte, sobre grandes obras que estão em andamento no estado. Ele comentou, por exemplo, sobre a concessão do Lote Rodoviário Vetor Norte, o Rodoanel Metropolitano e o Metrô da capital.

Sobre as obras do Vetor Norte, que preveem a construção de três contornos viários em Lagoa Santa, Prudente de Morais e Matozinhos, Pedro Bruno afirmou que a expectativa é de reduzir o tempo médio de trânsito congestionado na região. “A nossa região metropolitana é o terceiro maior aglomerado urbano do Brasil e sofremos diariamente o desafio para chegar aqui hoje. Então temos um gargalo de mobilidade. O projeto visa atender esse gargalo, sobretudo no Vetor Norte, que é o eixo de desenvolvimento importante da região metropolitana. Então é um projeto importante, são mais de R$ 4 bilhões de investimentos que vão trazer, no final do dia, mais segurança e mais tempo de qualidade das pessoas. Menos tempo no trânsito, mais tempo produtivo no trabalho, mais tempo com as famílias”, afirmou.

O secretário também comentou sobre as obras na BR-356, que liga a BR-040 (na saída de BH) até as cidades de Ouro Preto e Mariana. Os recursos para esta obra vieram do acordo de Mariana. Para Pedro Bruno, o projeto levará desenvolvimento para a região.

A partir da assinatura do acordo de repactuação de Mariana, no dia 25 de outubro, a gente vem trabalhando arduamente e vamos lançar até o final do mês de novembro a consulta pública também do lote Ouro Preto-Mariana, abarcando os recursos que vêm do acordo, que vão permitir a duplicação integral da BR-356, bem como a requalificação do trecho até Ponte Nova e Rio Casca. Então é um projeto bastante relevante, mais de R$ 3 bilhões de investimento, que vão trazer mais segurança para aquela estrada que realmente precisa desses investimentos, para também melhorar a fluidez e trazer desenvolvimento à região turística importante do nosso estado. São projetos importantes que o governo vai colocar agora na rua e a gente conta com o sucesso desses leilões”.

Sobre o projeto do rodoanel metropolitano, secretário de infraestrutura afirmou que as obras seguem previstas para o segundo semestre do próximo ano. Para Pedro Bruno, as obras serão o legado deixado pelo governador Romeu Zema. “Várias entregas relevantes, um legado que o governador Romeu Zema vai deixar para a região metropolitana com o metrô, com o rodoanel, que são obras que perpassam o próprio mandato do governador, trazendo uma visão que é fundamental para a infraestrutura, que é uma visão de longo prazo”.

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Desapropriações do metrô

Um dos principais desafios para as obras da Linha 2 do Metrô de Belo Horizonte é a questão das desapropriações dos moradores que moram em áreas próximas à nova linha. Sobre este assunto, Pedro Bruno disse que as pessoas estão vivendo em um local que representa perigo para elas.

“O projeto do metrô tem que ser referência não só em mobilidade, mas em todos os aspectos. Temos que ter esse cuidado com relação às famílias que hoje estão em áreas irregulares ao longo da faixa de domínio, inclusive com risco de vida. É muito perigoso a forma como essas famílias estão e terão que ser remanejadas por conta das obras do metrô”.

O secretário afirmou ainda que o governo de Minas tem trabalhado junto à concessionária Metrô BH para encontrar a melhor alternativa para o projeto e para as pessoas que serão afetadas. As desapropriações começarão só a partir do ano que vem.

“Essa é uma obrigação do contrato. Cabe à concessionária do metrô, mas o Estado tem acompanhado, tem participado para assegurar que também nesse processo de desocupação os investimentos do metrô sejam uma referência também. Nós temos a previsão e um compromisso que o Estado assumiu, que só a partir do ano que vem que a gente vai ter esse processo de desocupação e que todas as famílias vão ser comunicadas com bastante antecedência para que possam se organizar adequadamente”.


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Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.