Em mais um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o governo brasieliro voltou a condenar o Exército de Israel, dessa vez, pelo recente ataque aéreo realizado contra uma escola que abrigava pessoas deslocadas por conta da guerra na Faixa de Gaza. O bombardeio atingiu a cidade de Al-Tabin, resultando em dezenas de mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças.
Segundo o governo de Gaza, que é controlado pelo Hamas, mais de 100 palestinos morreram no no ataque. O número não pôde ser checado de forma independente. Por outro lado, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, informou que ao menos 19 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica foram mortos no ataque.
Ainda de acordo com o porta-voz, foram adotadas medidas para alertar a população antes do início do bombardeio.
Na nota emitida pelo Itamaraty, o governo brasileiro manifestou profunda solidariedade às famílias das vítimas, ao governo e ao povo do Estado da Palestina. O MRE destacou que o direito internacional humanitário exige que Israel siga o princípio da proporcionalidade e tome medidas para proteger a população civil nos territórios ocupados. O Brasil ainda criticou a recorrente falta de respeito a esse princípio nas operações militares israelenses nos últimos dez meses.
Além disso, o governo brasileiro lamentou que as ações do governo israelense estejam contribuindo para a escalada do conflito e afastando a possibilidade de paz na região, mesmo com as negociações em andamento para um acordo de cessar-fogo, libertação dos reféns e acesso humanitário a Gaza.
O posicionamento brasilerio envolvendo a postura de Israel foi semelhante ao comunicado emitido pela Casa Branca, sede do governo dos EUA, no sábado (10). No comunicado, o governo norte-americano disse estar ‘profundamente preocupado’ com os relatos de vítimas civis em Gaza.