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Mudanças no Ipsemg precisam ser discutidas com mais calma, avalia presidente da ALMG

Deputado Tadeu Martins Leite afirmou que governo de Minas mandou informações sobre o projeto apenas na semana passada

O projeto elaborado pelo governador Romeu Zema (Novo) que prevê mudanças na contribuição do Ipsemg precisa de mais tempo para ser discutido pelos deputados e pela população e só deve voltar a tramitar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em agosto.

O recado foi do presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), que detalhou os próximos passos da votação do projeto e afirmou que o governo de Minas enviou apenas na última semana informações importantes sobre a proposta.

“Claro que o Ipsemg precisa ser reorganizado e modernizado, mas não podemos jogar a carga toda para o servidor. Na semana passada esse projeto estava sendo discutido na Casa. Eu suspendi a discussão porque o Estado só encaminhou na última semana alguns documentos importantes para que a Assembleia possa analisar esse projeto, por exemplo o impacto financeiro. Então, provavelmente o projeto só volta a tramitar no segundo semestre. Com muita calma, ouvindo os servidores. Mas, tenham certeza, o projeto vai sair da ALMG muito melhor do que ele chegou depois de ser discutido com os deputados e com a população”, afirmou o presidente da ALMG.

Entenda o projeto

O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (Ipsemg) presta atendimento de saúde aos servidores do Estado e seus dependentes. O projeto do governo Zema prevê um reajuste no piso e no teto das contribuições.

O valor mínimo passa dos atuais R$ 33,02 para R$ 60, enquanto o teto, de R$ 275,15 para R$ 500.

Atualmente os servidores contribuem com um percentual de 3,2% do salário, percentual que será mantido para a maioria dos servidores. Para quem tem 59 anos ou mais, existe uma taxa extra de 1,2%. A justificativa é que esse público mais velho usa mais os serviços do Ipsemg.

Outra mudança apresentada é para os dependentes, os filhos dos titulares do Ipsemg. Hoje, os dependentes de 0 a 20 anos são isentos. Pela proposta eles passam a contribuir com o piso, de R$ 60. Aqueles de 21 a 34 anos, que hoje contribuem com R$ 33, teriam o valor elevado a R$ 90.

O governo de Minas afirma que os reajustes permitirão melhorar a qualidade do serviço prestado pelo Ipsemg.

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Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Eustáquio Ramos é repórter e apresentador da Itatiaia