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Inquérito das joias: PF indicia Bolsonaro por lavagem de dinheiro e associação criminosa

Relatório foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). Além do ex-presidente, outras 11 pessoas foram indiciadas

O ex-presidente Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de apropriação de bem público, lavagem de dinheiro e associação criminosa no chamado inquérito das joias. Trata-se de uma investigação sobre o recebimento de joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente brasileiro. Essas peças teriam sido negociadas nos Estados Unidos por emissários de Bolsonaro.

O relatório final da Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (4). O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes. “O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes informa que, até o presente momento (18h00), os autos físicos e sigilosos da PET 11645 encontram-se na Polícia Federal, não tendo sido encaminhados ao Supremo Tribunal Federal qualquer pedido ou relatório”, diz o gabinete de Moraes.

Vale lembrar que um indiciamento é uma fase ainda preliminar. A PF ainda se baseia em indícios.

Moraes deve encaminhar o relatório para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai analisar os dados. Cabe à PGR a análise do relatório e se vale apresentar denúncia.

Além do ex-presidente, outras 11 pessoas foram indiciadas no inquérito. São elas:

  • Bento Albuquerque - almirante de esquadra e ex-ministro de Minas e Energia;
  • Fabio Wajngarten - advogado e ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República;
  • Frederick Wassef - advogado do ex-presidente;
  • José Roberto Bueno Júnior - militar que enviou ofício para reaver joias;
  • Julio Cesar Vieira Gomes - ex-secretário da Receita Federal;
  • Marcelo Costa Câmara - ex-assessor do ex-presidente;
  • Marcelo da Silva Vieira - chefe do Gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República;
  • Marcos André dos Santos Soeiro - ex-assessor do Ministério de Minas e Energia;
  • Mauro Cesar Barbosa Cid - coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República;
  • Mauro Cesar Lourena Cid - pai de Mauro Cid;
  • Osmar Crivelatti - ex-assessor de Jair Bolsonaro.

A investigação começou em março de 2023. Um kit de joias foi retido na alfândega do Aeroporto de Guarulhos (SP) por não ter sido declarado. Os itens estavam em uma bagagem de um assessor do Ministério de Minas e Energia.

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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.