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Mensagens mostram que Bolsonaro sabia sobre venda das joias, afirma Polícia Federal

Investigações tiveram acesso à mensagens no celular do tenente-coronel Mauro Cid

Os artefatos serão submetidos à trabalhos periciais no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília

A Polícia Federal encontrou mensagens no celular do tenete-coronel Mauro Cid que evidenciariam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento das tentativas de venda das joias recebidas das autoridades árabes. A informação foi confirmada no “Fantástico”, transmitido na noite deste domingo (20).

Os artefatos serão submetidos à trabalhos periciais no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília. Em um primeiro momento, uma caixa de joias femininas, apreendida no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, será analisado pelas autoridades. As joias seriam destinadas à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Dentro da caixa foram encontrados um relógio cravejado com diamantes, avaliado em R$ 1 milhão, e uma escultura de cavalo de ouro, que estava quebrada. Além disso, haviam kits de joias masculinas, com relógios, abotoaduras e um anel.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na investigação sobre a venda das joias, admitiu que ligou para o advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bittencourt. O advogado, Paulo Bueno, disse que teria feito a ligação na tarde da quinta-feira (17), diferente do que havia dito a defesa de Cid que afirmou ter recebido a ligação de Bueno após a publicação da revista Veja que revelava a intenção de Cid colocar Bolsonaro como mandante da venda das joias.

A ligação, segundo Bueno, teria sido para facilitar o acesso aos autos do processo. “Conversa de dois minutos. Não tenho nenhum alinhamento a ser feito com ele, porque as questões que vamos tratar aqui, como defesa, são de direito, não de fato”, disse Bueno.

Defesa de Mauro Cid

O advogado recém-contratado por Mauro Cid, Cezar Bitencourt, admitiu nessa sexta-feira (18) que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá detalhar à Polícia Federal (PF) os meandros da negociação do relógio Rolex nos Estados Unidos.

O criminalista afirmou ainda em declaração à GloboNews que o dinheiro, cerca de US$ 35 mil, foi entregue ao ex-presidente ou à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro — e se contradisse em seguida alegando que a entrega seria destinada a um dos dois, sem citar se houve intermediários ou não. A entrevista de Bitencourt à emissora ocorre um dia após a publicação de uma reportagem da Veja, na qual ele admitia que Cid confessaria a negociação ‘das joias’.

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