A Prefeitura de Belo Horizonte fará a defesa, por meio da Procuradoria-Geral do Município, dos servidores citados em relatório da CPI da Pampulha, aprovado nesta terça-feira (2), na Câmara Municipal. O
“A Procuradoria-Geral do Município fará, por dever legal, a defesa de todos os servidores apontados, pelos atos praticados no exercício regular de cargo ou função”, diz, em nota, o procurador Hércules Guerra.
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Dentre os servidores que tiveram pedido de indiciamento conforme a CPI estão o secretário de Assistência Social, Josué Valadão, e o secretário de Obras, Leandro César Pereira. O Diretor de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte, Mauro Lúcio Ribeiro da Silva também foi citado. Conforme a Itatiaia revelou nesta terça (2), ele já foi
Na nota, a Procuradoria-Geral do Município de Belo Horizonte disse que a CPI praticamente repetiu o teor de um outro relatório, apresentado no ano passado, mas que não foi votado pelos vereadores. Guerra também atacou a investigação, qualificando-a como “jogo de cartas marcadas”.
“Esta comissão parlamentar tem como integrantes titulares sete vereadores, escolhidos a dedo, não observando a regra democrática da proporcionalidade dos partidos prevista no art. 58, § 1º, da Constituição brasileira, já mostra que a investigação feita foi um jogo de cartas marcadas, com objetivo de chegar a qualquer custo a um resultado pré-concebido”, afirma trecho do texto.
Ainda conforme o comunicado, o tema da limpeza da Lagoa da Pampulha tem sido tratado junto ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) e o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE).
“O primeiro já arquivou ou se negou a abrir quatro inquéritos civis sobre fatos relacionados aos investigados pela CPI e o segundo, recentemente negou o pedido do relator para suspender a contratação do consórcio que aplica a remediação que garante que as águas atendam aos critérios pactuados com a UNESCO, por entender que não há irregularidade”, diz a nota, em outro trecho.
Abuso de autoridade
Ainda de acordo com a Procuradoria-Geral do Município, vereadores poderiam ser enquadrados no crime de abuso de autoridade, “fato que deve ser analisado pelo Ministério Público”.
Ainda conforme o procurador Hércules Guerra, servidores tem pagado preço por apresentarem soluções “técnicas”.
“A coragem e o espírito público dos servidores públicos de Belo Horizonte em apontar a melhor solução técnica viável, sem ceder a interesses comerciais e lobbies interesseiros, tem custado a eles e a suas famílias a tranquilidade, uma vez que a oposição irresponsável não hesita em tentar destruir suas reputações para obter ganhos eleitorais, sem qualquer prova ou mesmo indício da prática de crime, ilícito funcional ou infração administrativa”, defendeu.