Um ano após o novo acordo de Mariana, a Samarco concluiu a extinção da Renova. A extinção da fundação é uma das exigências do pacto firmado entre a mineradora, as acionistas Vale e BHP Billiton e os governos federal, de Minas Gerais e Espírito Santo. Além disso, atende aos atingidos pelo rompimento da barragem que sempre criticaram a entidade.
A Samarco confirmou que o processo recebeu autorização do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e agora aguarda o registro nos órgãos competentes.
Em entrevista exclusiva à Itatiaia, na Exposibram, em Salvador, na Bahia, o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, afirmou que a mineradora passar a ser “100% responsável” pelas atividades que eram exercidas pela fundação Renova, criada para reparar os impactos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, na comunidade de Bento Rodrigues, em 2015.
“Desde a assinatura do acordo que ocorreu em novembro de 2024, a Samarco assumiu toda responsabilidade pela administração e pela gestão das atividades que antes a Renova fazia e, durante todo o ano, nós fizemos a transferência dessas atividades para a Samarco. Nós chegamos em outubro com a finalização de toda essa etapa. Nós assumimos 100% das nossas responsabilidades”, afirma.
O novo acordo de Mariana prevê o pagamento de R$ 132 bilhões em recursos novos como forma de reparar os danos do rompimento da barragem da Samarco. O colapso da estrutura matou 19 pessoas e despejou mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério da bacia do Rio Doce.