O secretário de Obras e Infraestrutura da Prefeitura de Belo Horizonte, Leandro Cesar Pereira, classificou como “produto político” e fruto de “momento eleitoral” a aprovação do
Essa é a segunda CPI sobre o mesmo assunto em um intervalo de um ano. A primeira, realizada em 2023, não teve o relatório final aprovado.
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De acordo com o relatório, o secretário atuou para a contratação de empresa ineficaz na realização do serviço. A CPI pontuou, ainda, que a companhia foi contratada por meio de dispensa de licitação.
Pereira chegou a prestar depoimento à comissão e disse que a contratação seguiu o rito da prefeitura, que os “critérios técnicos foram fundamentais para a manutenção da empresa que presta os serviços de melhoria da qualidade da água” e que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) acompanhou o caso.
À Itatiaia, em entrevista nesta terça-feira (2), Leandro César Pereira classificou o relatório como um “produto eminentemente político”.
"[O relatório] foi feito pela oposição ao governo e tenta desestabilizar uma política que vem dando resultado na Lagoa da Pampulha em um momento eleitoral. Não se esperava nada diferente disso. Não é visto como supresa porque já havia uma outra CPI, onde chegaram a conclusões similares”, afirmou.
Confira a entrevista no programa Plantão da Cidade:
Segundo ele, se o caso for encaminhado ao Ministério Público, ele terá espaço para explicar as acusações de forma técnica.
“Não me cabe fazer análise política, como secretário de Obras, faremos a nossa defesa em outro ambiente, se for apresentado ao Ministério Público. Que seja mais técnico, menos politizado e onde posso fazer [a minha defesa] com muito mais clareza sobre o que estão imputando como crime à minha pessoa que, dificilmente vou entender o porque”, afirmou à Itatiaia.
O relatório da CPI da Pampulha pede que o secretário de Obars responda à Justiça, pelos crimes de admitir, possibilitar ou dar causa à contratação direta fora das hipóteses previstas em lei; e frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimonial efetiva.