Diretor de Obras e Manutenção da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Mauro Lúcio Ribeiro da Silva foi
Servidor público da Prefeitura de BH desde 2008, Mauro Lúcio Ribeiro da Silva também esteve envolvido — e foi condenado em 2020 — no caso do
A reportagem questionou à Prefeitura de BH se o engenheiro chegou a ser afastado do poder público devido à condenação e pediu posicionamento sobre o fato de ele ter sido citado em relatório da CPI. De acordo com a prefeitura, a ação não transitou em julgado.
“A Prefeitura de Belo Horizonte informa que a ação penal movida pelo Ministério Público ainda não transitou em julgado e o Executivo não recebeu qualquer determinação judicial em relação ao referido empregado público”, diz nota enviada à reportagem.
Queda do viaduto
No dia 3 de julho de 2014, o viaduto Batalha dos Guararapes, localizado sobre a avenida Pedro 1º, na região Norte de Belo Horizonte, desabou, atingindo um carro e um microônibus. Duas pessoas que dirigiam os veículos morreram com o impacto da estrutura. A obra fazia parte do pacote desenvolvido para melhoria das obras de mobilidade urbana na capital mineira. Após o desabamento, no entanto, a prefeitura mudou os planos e estrutura nunca foi refeita.
Viaduto Batalha dos Guararapes caiu, matando duas pessoas, em 2014
A condenação de Mauro Lúcio saiu em 2020, seis anos após o desabamento. De acordo com a denúncia apresentada pelo MP à época, ele agiu com culpa, “na modalidade de negligência e imperícia” e pediu sua condenação por dois homicídios 23 crimes de lesão corporal — o que foi acatado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
À época, a defesa de Mauro Lúcio Ribeiro da Silva disse que ele não tinha gerenciava as obras, “não tinha autonomia para autorizar ou não a evolução das fases do projeto, ou poder de gestão para paralisá-las caso tomasse conhecimento de algum fato que pudesse indicar riscos de desabamento” e que suas funções eram administrativas e periféricas.
CPI da Pampulha
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pampulha
Conforme o relatório, Mauro Lúcio tinha “imenso poder de decisão” sobre as intervenções na Lagoa da Pampulha e que fazia parte de um esquema de “enxuga gelo”, em que contratos eram firmados com empresas terceirizadas em um serviço ineficiente e que, ao longo dos últimos anos, não resolveu o problema de poluição da Lagoa.