A CPI da Pampulha aprovou na manhã desta terça-feira (2) o relatório final apresentado pelo vereador Bráulio Lara (Novo) sobre irregularidades na gestão de recursos voltados para a limpeza da Lagoa da Pampulha.
Dentre as autoridades citadas no relatório final e que terão pedido de indiciamento enviado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), estão o atual secretário de Assistência Social, Josué Valadão, e o secretário de Obras e Infraestrutura, Leandro César Pereira.
Também foram citados os engenheiros Ricardo Miranda Aroeira e Ana Paula Fernandes Viana Furtado, ambos da Diretoria de Gestão de Águas Urbanas, órgão da PBH.
Segundo o texto, foram apresentados indícios de crimes como corrupção passiva, prevaricação, fraude em licitações, improbidade administrativa, falsidade ideológica e estelionato.
Gastos na Pampulha
O ponto chave da investigação dos vereadores é que quase R$ 1,5 bilhão foram investidos nos últimos anos em ações de limpeza e desassoreamento da lagoa, mas resultados efetivos ainda não apareceram. Os valores dos serviços de limpeza teriam aumentado em 50% em dois anos.
Foram 15 reuniões, dezenas de requerimentos encaminhados, 11 visitas técnicas e 11 oitivas para coleta de depoimentos.
Ricardo Aroeira e Ana Paula são apontados por dar aval aos vários processos falhos de despoluição da lagoa. Relatórios técnicos para embasar a contratação do Consórcio Pampulha Viva, foram assinados pelos dois. O conjunto de empresas há anos fazem trabalho de despoluição no local, serviço que é alvo de acusações de irregularidades.
Votaram a favor os vereadores Bráulio Lara (Novo), Cleiton Xavier (MDB), Henrique Braga (MDB), Jorge Santos (Republicanos). A vereadora Loíde Gonçalves (MDB) se absteve.