Com 52 elevadores paralisados e mais de
Em Brasília, onde concedeu entrevista exclusiva à Itatiaia, Simões disse que o
“Nós já estamos com uma contratação emergencial para garantir que os elevadores sejam gradativamente consertados. Cada um que for consertado você tem que desmontar o elevador interinho, tirar ele lá de dentro para refazer a estrutura de concreto atrás dele”, explica o vice-governador.
Segundo ele, a prioridade é liberar os elevadores que transportam os servidores a todos os andares, depois os que vão somente aos níveis mais elevados e, por últimos, os elevadores que atendem os primeiros andares. Servidores que atuam no atendimento ao cidadão foram remanejados para os níveis mais baixos para que funcionários públicos e os cidadãos possam acessá-los por meio de escadas.
“A perspectiva é de a gente ter alguma solução em menos de dois meses para os primeiros elevadores voltarem a funcionar. O trabalho inteiro é um trabalho de mais de seis meses, infelizmente, um prejuízo grave para os nossos servidores”, afirmou.
Problema foi constatado em setembro
A interrupção dos elevadores começou no Prédio Minas, em setembro do ano passado, quando foram constatados os primeiros problemas estruturais nos equipamentos. De acordo com Mateus Simões, a equipe de manutenção da Cidade Administrativa notou a presença de pó de concreto no fosso dos elevadores, o que chamou a atenção dos técnicos.
“Eles viram esse pó e chamaram a nossa equipe. Falaram: ‘gente tem alguma coisa acontecendo na construção que está aqui para cima’. E isso é que acendeu as luzes lá no final do ano passado e levou à nossa primeira perícia, que identificou problemas na construção do fosso dos elevadores”, afirmou.
Em abril, uma nova perícia feita por uma empresa de engenharia contratada pelo Governo de Minas
Simões voltou a citar episódios de corrupção envolveno as empreiteiras responsáveis pela construção da Cidade Administrativa, inaugurada em 4 de março de 2010, no último dia de mandato do então governador Aécio Neves (PSDB).
“Quem estava preocupado em fazer negócio não estava preocupado em fazer, bem feito, o prédio”, criticou, ao sinalizar que parte das nove construtoras contratadas para executarem as obras reconheceram práticas de corrupção em acordos de leniência firmados com o Estado.
“As construtoras que fizeram a Cidade Administrativa já assinaram conosco acordo de leniência reconhecendo que elas praticaram superfaturamento e conluio para ganhar essa licitação e já devolveram R$ 400 milhões para o governo do estado de Minas Gerais”, afirmou.
Os recursos, no entanto, não foram totalmente pagos, já que os acordos preveem o ressarcimento em parcelas que serão repassados ao Governo de Minas nos próximos anos.