A ex-senadora Heloísa Helena (Rede-RJ) tomou posse nesta terça-feira (16) como deputada federal, substituindo Glauber Braga (Psol-RJ), que
Em seu discurso de posse, Helena criticou a desigualdade social no país e disse que não se alinhará totalmente ao governo Lula (PT), apesar de seu partido integrar a base da gestão petista.
“Aqui lutarei sem servilismo, sem conciliação com o atual governo federal em qualquer traição de classe. No entreguismo de terras raras, na privatização de rios e outros setores estratégicos, estarei aqui sem abrir uma única concessão a quem concilia com o capital enchendo a pança dos poderosos e do capital financeiro às custas da imensa dor do povo brasileiro”, declarou.
A deputada também defendeu a rejeição de uma proposta de reforma administrativa e pediu fiscalização das emendas parlamentares,
“É fundamental criar o observatório das execuções orçamentárias, para acabar essa pouca vergonha da execução que apenas beneficia o grande capital, os apodrecidos acordos políticos e fragiliza todas as políticas sociais que dependem diretamente do orçamento público. E também temos a obrigação de abrir para investigar, com toda a nossa potência e coragem, a CPI do Banco Master e quem for podre que se quebre, esteja onde estiver”, concluiu.
Quem é Heloísa Helena?
De volta ao Congresso, Heloísa Helena tem uma longa trajetória marcada por embates com a oposição e até aliados.
Eleita senadora pelo PT em 1999, ela foi expulsa do partido em 2003 após rejeitar a reforma da Previdência proposta pelo governo Lula, alegando que o projeto tinha caráter “neoliberal”.
Um ano depois, ajudou a fundar o PSOL e, em 2006, concorreu à Presidência da República, ficando em terceiro lugar, com mais de 6% dos votos.
Em 2013, participou da criação da Rede Sustentabilidade, sigla que hoje vive um histórico de divergências internas, sobretudo entre o grupo ligado a ela e o da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.