Câmara conclui votação do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária

Texto detalha o funcionamento do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), criado no novo sistema

O plenário da Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados concluiu na noite desta terça-feira (16) a votação do segundo projeto de lei de regulamentação da reforma tributária, que detalha o funcionamento do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

A proposta agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O texto-base foi aprovado na segunda-feira (15), mas ainda faltava a análise dos destaques, pedidos dos parlamentares para votar trechos separados na tentativa de alterar a redação final da proposta.

Um dos principais pontos de discussão foi a fixação de um teto para cobrança do Imposto Seletivo (IS) sobre bebidas açucaradas, como o refrigerante.

Durante a tramitação no Senado, os parlamentares definiram a alíquota máxima em 2%, mas o relator do texto na Câmara, Mauro Benevides Filho (PDT-CE), retirou essa limitação. O Partido Liberal chegou a apresentar um destaque para que o teto fosse retomado, mas foi rejeitado, por 242 votos a 221.

SAFs

Por acordo, os deputados decidiram aprovar um destaque do PL e manter uma alíquota menor para as Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs), conforme aprovado no Senado, que reduziu a taxa dos atuais 8,5% para 5%.

Além disso, o texto aprovado também dá o mesmo tratamento das SAFs aos clubes associativos. Com isso, ambos os modelos terão tributação de igual maneira, não havendo diferenciação entre clube-empresa e associação tradicional.

Também com base no acordo, a Casa rejeitou um outro destaque apresentado pelo PL sobre a importação de direitos desportivos de atletas. O texto aprovado coloca na base de cálculo da cobrança a receita pela venda do jogador.

Medicamentos

A Câmara aprovou ainda um destaque proposto pelo PT e manteve o texto do Senado que confere aos ministérios da Fazenda e da Saúde a competência de definir quais medicamentos serão isentos de IBS/CBS quando vinculados ao tratamento de alguns tipos de doenças.

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Repórter de política em Brasília. Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), chegou na capital federal em 2021. Antes, foi editor-assistente no Poder360 e jornalista freelancer com passagem pela Agência Pública, portal UOL e o site Congresso em Foco.

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