O Governo de Minas suspendeu, de última hora e em caráter de urgência, o expediente presencial dos servidores estaduais na Cidade Administrativa, nesta sexta-feira (10). Em comunicado divulgado à imprensa, o Executivo estadual esclarece que o motivo é a necessidade de paralisação do uso dos elevadores sociais e privativos da sede administrativa do governo. Uma
Conforme o texto, “os gestores máximos de cada órgão administrativo ajustarão com suas equipes a realização das atividades” nesta sexta, de acordo com as necessidades de cada função. A suspensão vale para os prédios Minas e Gerais, que enfrentam problemas estruturais com os elevadores desde o ano passado. Nos prédios Alterosas e no Palácio Tiradentes — onde o governador Romeu Zema (Novo) despacha — o expediente presencial segue normalmente.
Ainda de acordo com o comunicado, o Governo do Estado diz ter solicitado perícias oficiais depois que uma
“A medida é inevitável diante da sequência de problemas decorrentes da negligência e má construção dos edifícios, inaugurados em 2010", afirma o comunicado. “O Governo de Minas segue atento e diligente para solucionar os problemas da forma mais célere possível, e garantindo a segurança de todos os servidores e usuários da Cidade Administrativa”.
Governo descartou riscos no prédio Gerais
Em abril deste ano, uma empresa de engenharia que vistoriou 54 dos 60 elevadores sociais e privativos dos prédios Minas e Gerais recomendou que os equipamentos passassem por “obra de reforço estrutural”.
Vinte e dois elevadores sociais do prédio Minas foram desativados em novembro de 2023, o que provocou uma mudança no funcionamento da sede do governo estadual. Secretarias foram realocadas e milhares de servidores, autorizados a trabalhar remotamente.
Mas o laudo pericial também apontou a necessidade de obras emergenciais no prédio Gerais, cujos equipamentos continuavam funcionando. Na ocasião, o Governo de Mians chegou a garantiu que não havia risco aos servidores daquela unidade. E que uma empresa estava sendo contratada para fazer os reparos. A gestão Zema disse que ainda cobraria da empresa responsável pela construção dos elevadores, o ressarcimento dos custos dos reparos, calculados em R$ 20 milhões.
Servidor morreu ao subir escadas
Em 27 de novembro do ano passado, um servidor de 66 anos, que trabalhava na Secretaria de Estado de Saúde, que fica localizado no Prédio Minas, morreu enquanto subia as escadas, no 13º andar do edifício. À época, o Governo de Minas disse que ele teve um mal súbito e foi atendido por médicos que atuam na própria pasta, incluindo o secretário, Fábio Bacheretti, mas que não resistiu.
Na ocasião, parte dos elevadores do edifício estavam desligados depois que foram detectadas falhas no funcionamento de laguns equipamentos.