O ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior citou uma “pressão” da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para que os militares “não deixassem o então presidente Jair Bolsonaro na mão” no fim de 2022.
Em depoimento à Polícia Federal, o militar entendeu que a fala de Zambelli foi uma tentativa de conseguir apoio para um golpe de Estado.
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“Indagado se durante o exercício da função de Comandante da Aeronáutica recebia nas rdes sociais pedidos e cobranças de usuários simpatizantes ao então presidente Jair Bolsonaro para que anuísse com um Golpe de Estado, respondeu que sim; que as pressões para anuir a uma possível ruptura institucional não se limitou ás redes sociais; que no dia 8 de dezembro de 2022, após a formatura dos aspirantes á oficial da FAB, na cidade de Pirassununga, São Paulo, foi interpelado pela deputada federal Carla Zambelli, com a seguinte indagação: ‘Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão’; que, em seguida, o depoente disse: ‘Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade’”, disse o militar em depoimento.
No mesmo depoimento à PF, Baptista Junior afirmou que,
Por meio de nota, a assessoria de Zambelli informou que a deputada, atualmente em licença por motivos de saúde, “através de sua defesa, esclarece que desconhece os fatos envolvendo essa minuta, reiterando que igualmente jamais anuiria, pediria ou solicitaria algo irregular, imoral ou ilícito. Ademais, não se recorda desse fato reportado e se, porventura, pediu acolhimento, o fez por causa da derrota nas eleições, apoio que seria perfeitamente plausível naquele momento”.