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‘Queremos que elas decidam se querem ou não ser vacinadas’, diz Zema sobre crianças de Minas

À CNN Brasil, governador afirmou que ideia é utilizar o ensino de temas científicos como ferramenta para que jovens tomem a decisão sobre a imunização

Zema voltou a abordar vacinação infantil nesta quarta-feira (7)

O governador Romeu Zema (Novo) voltou a defender, nesta quarta-feira (7), o acesso de crianças às escolas estaduais de Minas Gerais mesmo sem a apresentação de comprovantes vacinais. Após ser homenageado pela Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), Zema disse, à CNN Brasil, que a ideia é utilizar o ensino de questões científicas como uma das ferramentas para auxiliar os cidadãos a respeito de se imunizar ou não.

“Toda criança tem direito de frequentar a escola. Isso é inquestionável. A criança, com isso, vai ter uma merenda boa, que retomamos em Minas, boas escolas - e reformamos escolas em Minas. E vai, principalmente, aprender Ciência para que ela tenha condições no futuro, diferentemente do que já aconteceu no passado. Queremos que ela venha a decidir se quer ou não ser vacinada”, afirmou.

No domingo (4), Zema gravou um vídeo ao lado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG). Nas imagens, eles defendem a participação das crianças no sistema escolar mesmo se o esquema vacinal estiver incompleto.

Nesta quarta, ao voltar a tocar no tema, Zema relacionou sua posição ao espectro político libreal.

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“Eu me vacinei, meus filhos se vacinaram, minha família toda, pais e irmãos, todos nos vacinamos. Agora, tem pessoas que não quiseram se vacinar. Sou um liberal e tenho de respeitar isso. Em Minas Gerais, a escola está aberta para todos. Vamos mostrar que a vacina é importante. Agora, mesmo mostrando, se alguém não quiser, é uma opção individual”, apontou.

Vale lembrar que, no ano retrasado, o governo de Minas se manifestou contrariamente à exigência de comprovação de vacinação contra a Covid-19 para efetivar a matrícula de alunos na rede estadual. A justificativa, dada pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, à época, é de que o estado não poderia determinar a comprovação, já que o Ministério da Saúde não havia estabelecido esse imunizante como obrigatório.

“Vivemos em um país democrático. Temos de respeitar o direito de ir e vir de todo cidadão. Temos de respeitar, também, o direito de cada um decidir qual o melhor tratamento para si. Sou totalmente contrário a medidas impositivas. Sou totalmente favorável à conscientização. Não sou da linha que é obrigar alguém a fazer algo totalmente contra a sua vontade — e que só afeta ela”, completou o governador, à CNN.

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Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.