O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse, nesta quarta-feira (7), que ainda não recebeu da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre um pedido de reunião privada com o chefe do Executivo federal durante a passagem dele por Belo Horizonte. Lula vai desembarcar na capital mineira
“Solicitei e, até o momento, não temos, ainda, uma resposta oficial (sobre uma reunião privada com Lula). Mas solicitei, principalmente, para tratarmos desses temas (de interesse de Minas). Ele, como presidente, será bem recebido e terá todo o meu respeito e de quem é do meu governo”, afirmou Zema, em entrevista à CNN Brasil, em Brasília (DF).
O político do Novo está na capital federal porque foi receber uma comenda entregue pela Câmara dos Deputados. Zema foi convidado para comparecer ao evento de prestação de contas, que terá
“Sempre dialoguei. Meu governo nunca foi taxativo, dono da verdade. Temos posicionamentos que, muitas vezes, podem ser contrários aos do presidente e do governo federal. Isso faz parte da democracia. Sou um liberal. Meu partido preza pela liberdade. A última coisa que quero é imposição”, completou, ao citar a relação com o petista.
Recentemente, Zema revelou que, desde a posse de Lula para o terceiro mandato,
Os pleitos de Zema a Lula
O governador deve levar, ao presidente, temas como a necessidade de melhorias em rodovias federais, a exemplo da BR-381, que deve ser um dos temas do discurso de Lula em BH. A expectativa é que o presidente prometa recursos para reassentar famílias que vivem às margens da estrada.
“Ele (Lula) ganhou a eleição em Minas Gerais por uma pequena margem de votos. Minas e governo federal têm de fazer muita coisa em comum. As estradas federais em Minas precisam de mais investimentos. Temos a questão que depende do governo federal para ser solucionada, que é dar, às pessoas afetadas pela tragédia de Mariana, oito anos atrás, uma consideração, um pagamento, que até hoje estão aguardando. (São) 70 mil pessoas. Temos de tratar essas questões”, apontou o governador, mencionando, também, as conversas por um acordo de reparação pela tragédia de Mariana, em 2015.
As tratativas em torno do refinanciamento da dívida mineira junto à União —
Segundo Zema, o tema precisa ser debatido porque afeta outros estados.
“Falo que a União tem procedido como banco, e não como ente federativo. A dívida precisa ser corrigida, mas cobrar taxas de juros é, realmente, inviabilizar o pagamento. Minas Gerais e outros estados têm sido, em muito, prejudicados, ficando sem capacidade de dar uma saúde adequada e melhorar suas estradas devido a esse pagamento tão elevado”, pontuou.
Antes da proposta de Pacheco ser apresentada, o governo se amparava no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que prevê, por exemplo, a privatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
“O presidente do Senado levantou essa pauta e espero que tenhamos uma solução definitiva. É um problema antigo, que eu herdei — não fiz um real de dívida — e que precisa ser colocado à mesa. Caso contrário, vamos ficar mais 30 anos convivendo com esse problema, que já é tão antigo”, encerrou o chefe do Executivo estadual.
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