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Tarifa Zero: votação na Câmara de BH tem presença de artistas e deputados federais

Apelidado de “Busãopalooza”, rappers e parlamentares acompanham votação do projeto que tramita, em primeiro turno, no legislativo

O rapper Djonga já esteve na Câmara Municipal em maio deste ano.

A votação em primeiro turno do Projeto de Lei (PL) 60/2025, conhecido como proposta do Tarifa Zero, na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), nesta sexta-feira (3), mobilizou artistas e deputados federais a comparecerem ao Legislativo.

Nas redes sociais, o movimento que se popularizou como “Busãopalooza” — em referência ao festival musical Lollapalooza, que acontece em São Paulo — convocava manifestantes e entidades sociais a prestarem apoio ao texto que tramita na CMBH. No “lineup”, nomes como o da cantora Fernanda Takai e dos rappers Chris MC, Mac Julia e Djonga.

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À Itatiaia, Djonga, indicado ao Grammy Latino de 2025, destacou a importância da classe artística, em especial da capital mineira, se mobilizar politicamente. “Tomara que dê certo, pois o Tarifa Zero dá acesso à cidade para pessoas que são de BH, mas que não têm acesso ao município como um todo”, disse.

O artista também criticou eventuais votos contrários, afirmando que quem se opõe ao projeto estaria indo contra “os interesses do povo”. “Não tem uma pessoa que é povão, que pega transporte público, que tá na batalha, tá na luta, que não quer andar em um ônibus gratuito”, destacou.

Apoio da bancada mineira

Representantes de Minas Gerais na Câmara dos Deputados — as parlamentares Duda Salabert (PDT), Célia Xakriabá (PSOL) e Dandara Tonantzin (PT) — também acompanham a votação no Legislativo.

Projeto causa divisão

O texto, apresentado pela vereadora Iza Lourença (PSOL) e assinado por outros 20 parlamentares, propõe a implementação da gratuidade nos ônibus coletivos de Belo Horizonte.

A proposta, baseada em um estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aponta possíveis formas de custear um transporte gratuito na capital mineira.

Pelo PL, os usuários deixariam de pagar a passagem, com o financiamento vindo do pagamento mensal feito por empresas, da publicidade em ônibus e terminais, de multas aplicadas às concessionárias do serviço e de recursos do Fundo Municipal de Melhoria da Qualidade e Subsídio ao Transporte Coletivo, criado em 2019.

*** Matéria em atualização.

Jornalista pela UFMG, com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia, já atuou na produção de programas da grade, apuração e na reportagem da Central de Trânsito Itatiaia Emive. Atualmente, contribui como repórter na editoria de política.
Repórter de política da Itatiaia, é jornalista formado pela UFMG com graduação também em Relações Públicas. Foi repórter de cidades no Hoje em Dia. No jornal Estado de Minas, trabalhou na editoria de Política com contribuições para a coluna do caderno e para o suplemento de literatura.
Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.