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Se Tarcisio fosse candidato e Simões se filiasse ao PSD, como ficaria o palanque de Zema em MG?

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, é o principal entusiasta da candidatura de Tarcísio

Romeu Zema (Novo), Mateus Simões (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos)

Um cenário em que as candidaturas da direita estejam pulverizadas no primeiro turno das eleições presidenciais vai trazer equações diversas a serem resolvidas, uma delas é o palanque regional do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), pré-candidato à presidência da República.

Zema já se lançou ao pleito, Tarcísio desponta nas pesquisas mas afirma que não é candidato e o vice-governador de Minas, candidato à sucessão de Minas, quer sair do partido Novo e se filiar ao PSD, que tem tempo de TV e Fundo Eleitoral, ao contrário de sua sigla atual.

Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e secretário de Governo de São Paulo, é um entusiasta da candidatura de Tarcísio de Freitas. Se Tarcisio fosse candidato e Simões se filiasse ao PSD, provavelmente o mineiro seria cobrado para fazer o palanque mineiro para o governador de São Paulo. Nesse caso, quem faria palanque para Zema em Minas? É aqui que entra a argumentação dos que não acreditam que a candidatura do novista será levada até o final.

Senado?
Com Tarcísio candidato à presidência e Simões candidato ao Governo de Minas pelo PSD, caso isso se concretizasse, muitos apostam que Zema seria candidato ao Senado na chapa, o que o governador de Minas nega.

Pulverização
Zema sustenta que a candidatura dele é definitiva e que ele não tem interesse em disputar cadeira no legislativo. O governador de Minas tem reafirmado que o cenário será pulverizado, que os candidatos da direita dar a largada separados e se juntarão no segundo turno das eleições.

Ao reafirmar a posição de que não é candidato à presidência da República, Tarcísio afasta a possibilidade de Simões se filiar ao PSD em Minas e aumenta as chances de Rodrigo Pacheco (PSD), ex-presidente do Congresso Nacional, como candidato natural do partido, em uma aliança do PSD em torno da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.