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Servidores da Copasa vão entrar em greve contra privatização? Veja o que diz sindicato

PEC que tramita Assembleia Legislativa de Minas Gerais retira da constituição estadual exigência de referendo para desestatizar Companhia de Saneamento

Servidores da Copasa marcaram presença na ALMG para protestar contra tramitação da PEC 24

Os servidores da Copasa avaliam o andamento da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira da Constituição Estadual a exigência da realização de um referendo popular para privatizar a Companhia de Saneamento. A proposta, atualmente, tramita em uma comissão especial na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Qualquer movimento de greve depende do que decidirá o colegiado. A afirmação é do diretor do Sindágua, que representa a categoria, Milton Costa.

Ele explica que, atualmente, não existe nenhum movimento grevista, mas a categoria deve paralisar as atividades se o projeto for a plenário. “Nós vamos avaliar o andamento dos trabalhos aqui. E assim que tiver uma definição de uma data para plenário, possivelmente a gente deve cruzar os braços e chamar a população para vir para a rua”, afirmou.

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Um pequeno grupo de servidores da Copasa marcou presença no Legislativo nesta quinta-feira (02) no primeiro dia de reuniões da comissão especial que analisa a PEC e protestou contra a privatização da Companhia.

“A gente espera bom senso da comissão, apesar de a gente achar que não vai haver, porque a maioria é do governo. Mas a gente está tentando ainda, conversando, procurando os deputados para tentar dar uma reviravolta nesse caso aí”, disse Milton.

A proposta de privatização da Copasa integra as iniciativas do governo Zema de levantar R$ 34 bilhões - correspondentes a 20% do estoque da dívida com a União - necessários para aderir ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas estaduais.

O Propag prevê que os estados refinanciem as dívidas em até 30 anos e cria mecanismos para a redução dos juros, hoje estabelecidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 4% do débito ao ano. A possibilidade de zerar os juros além da inflação está condicionada à “entrada” de 20%.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.