Entidades e grupos sociais se mobilizam em frente à Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para acompanhar a votação do Projeto de Lei (PL) 60/2025, conhecido como proposta do
Tarifa Zero, que prevê a gratuidade das passagens nos ônibus municipais da capital mineira.
Do lado de fora da Casa Legislativa, manifestantes criticaram a falta de espaço nas galerias do Plenário, que já começam a ficar lotadas para a votação, prevista para as 15h.
O projeto, protocolado pela vereadora
Iza Lourença (PSOL) e assinado por outros 22 parlamentares, é defendido por movimentos sociais, mas enfrenta críticas de empresários e da própria prefeitura.
Na quinta-feira (2), a Associação Mineira de Supermercados (Amis), ao lado da
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), manifestou oposição à proposta. Em comunicado, as entidades pediram aos vereadores que rejeitassem o texto, argumentando que a medida pode elevar os custos para empresas, como os supermercados, gerar inflação de alimentos e comprometer a criação de empregos.
O prefeito de Belo Horizonte,
Álvaro Damião (União Brasil), também é contrário ao PL.
O chefe do Executivo, que já classificou a ideia como “utopia”, afirmou ter solicitado ajuda ao governo Lula (PT) para financiar o Tarifa Zero, alegando que a prefeitura não teria condições de arcar sozinha com as despesas do projeto.
Na Câmara, o
texto provocou a saída do vice-líder do governo, vereador Helton Júnior (PSD) — um dos signatários do PL — da base de apoio à prefeitura.
A proposta, no entanto, caso seja aprovada nesta sexta-feira, não entrará em vigor imediatamente. O texto será apreciado em primeiro turno e, se aprovado, seguirá para uma segunda votação antes de ser sancionado ou vetado pelo Executivo.
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*** Matéria em atualização.