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‘Fomos roubados’, diz Moraes sobre pênalti marcado contra o Corinthians

Ministro do STF, torcedor declarado do clube, fez comentário durante sessão de julgamento da Corte

Alexandre de Moraes, ministro do STF.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (2) que o Corinthians foi “roubado” no empate contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro.

A declaração foi feita em tom de brincadeira durante o julgamento sobre o vínculo de trabalho entre motoristas e entregadores de aplicativos digitais.

Na partida realizada na quarta-feira (1º), o árbitro marcou um pênalti polêmico no final do jogo que foi convertido pelo Inter. Com isso, o time do garantiu o empate em 1 a 1. Torcedor do Corinthians, Moraes comentou:

“Ontem novamente fomos roubados a mão armada com a marcação de um pênalti aos 52 minutos, pênalti absurdo”, brincou o ministro.

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O comentário surgiu após uma entidade participante do julgamento, como amicus curiae, usar o exemplo de jogos na Neo Química Arena para ilustrar o aumento da demanda por transporte em dias de partida.

Após isso Moraes pediu a palavra e falou sobre os taxistas e a regulação do setor, ressaltando que a organização feita pelo governo nos casos dos taxis não caracteriza vínculo empregatício.

“Sempre que há jogo na Neo Química Arena, é um clássico, independentemente do adversário. (...) Quando há o jogo, apesar de na Arena ter trem e metrô, a prefeitura se organiza e autoriza taxistas de outros pontos a ficarem lá. O fato dessa organização não caracteriza relação de trabalho”, complementou o ministro.

Julgamento sobre uberização

O STF começou na quarta-feira (1°) o julgamento que discute o reconhecimento de vínculo trabalhista entre motoristas, entregadores e plataformas digitais, que ficou conhecida como “uberização”.

A Corte analisa dois processos: uma ação da Rappi Brasil, que questiona decisões da Justiça do Trabalho que reconheceram vínculo com um entregador.

O segundo é um recurso da Uber Brasil, contra decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que entendeu haver relação de emprego com um motorista. Segundo a plataforma, se a interpretação do TST prevalecer poderá comprometer as operações da empresa no Brasil.

Nossos repórteres escrevem todos os dias notas dos bastidores de Brasília
Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.