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Secretário de Zema defende incentivos tributários: ‘Garantem atração de investimentos e empregos’

Governo de MG deixou de arrecadar R$ 111 bilhões em impostos de grandes empresas desde 2019, segundo Sinfazfisco

Secretário de Estado de Fazenda de Minas Gerais, Luiz Cláudio Gomes

Em reunião na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, convocada pela Comissão de Segurança, o secretário de Fazenda do governo Zema, Luiz Cláudio Gomes, defendeu os incentivos tributários como forma de garantir a atração de investimentos e empregos.

O secretário afirmou, nesta segunda-feira (18), que a desoneração tributária é uma política pública de atração de investimentos para o estado e reforçou que o governo Zema não tem incentivos novos.

“O crescimento que observamos nas desonerações tributárias é proporcional ao aumento da receita”, declarou.

Desde 2019, o governo de Romeu Zema (Novo) deixou de arrecadar R$ 111 bilhões em impostos de grandes empresas, após ampliar significativamente a prática de concessão de benefícios fiscais. Os dados são do Sindicato dos Servidores da Tributação, Fiscalização e Arrecadação de Minas (Sinfazfisco).

Luiz Gomes disse que o incentivo fiscal não deve ser “demonizado” e que o estado de Minas Gerais tem uma evolução de receita tributária muito maior do que a média nacional e do que estados como São Paulo e Rio de Janeiro.

“Essa política não deve ser usada para momentos de falta de dinheiro, ela é estruturante. Se você tira o incentivo de uma determinada indústria, ela vai embora e não volta”, destacou.

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Novo regime tributário

Luiz Gomes destacou ainda que o estado se encontra em uma “guerra fiscal”, que deve acabar somente com a entrada do novo regime tributário, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O imposto irá substituir o ICMS, imposto estadual, e o ISS, que é um tributo municipal.

“Nós estamos no âmbito de uma guerra fiscal, que está diminuindo e vai acabar com a entrada do novo regime tributário, o IBS. Ela tem data para começar, acabar, e, em 2032, vamos ter zero de incentivos. Eles serão uniformes nos estados”, pontuou.

Apesar disso, Gomes entende que o momento ainda é de atrair empresas para Minas Gerais.

“Depois que elas se estabelecem, elas ficam. Temos que olhar essa política pública com muito cuidado”.

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo