O prefeito de Santa Luzia,
Além dessas, o prefeito garantiu que outras obras devem ser iniciadas no próximo ano, incluindo uma escola estadual, um posto de saúde, um
Em setembro deste ano, o
Segundo Bigodinho, parte do recurso deve ser depositada na conta da prefeitura ainda neste ano, para que o município dê continuidade ao planejamento, que posteriormente será encaminhado a Brasília.
Casa em “ordem”
Antes de assumir o cargo de prefeito, Bigodinho atuava como vereador na Câmara Municipal de Santa Luzia. Em 2024, no primeiro turno, derrotou o candidato apoiado por uma das principais lideranças políticas do município, o deputado estadual e ex-prefeito Delegado Christiano Xavier (PSD), que defendia a candidatura de Wander do Delegado (PSD) para dar continuidade à gestão.
À Itatiaia, ele contou que recebeu a prefeitura em uma situação financeira desfavorável. “Iniciamos o ano com uma dificuldade financeira muito grande. São quase R$ 100 milhões em restos a pagar, com dívidas com fornecedores, com o principal hospital e com salários de funcionários terceirizados atrasados”, disse o prefeito.
De acordo com Bigodinho, para resolver a situação foi necessário realizar cortes no início da gestão para “colocar as contas em dia”. “Só no Hospital São João de Deus, por exemplo, que é o único hospital da cidade, ainda que filantrópico, tínhamos uma dívida de R$ 7 milhões e conseguimos sanar esse problema”, avaliou.
Ainda segundo Bigodinho, algumas dessas pendências financeiras do município impediam a formalização de convênios e parcerias, inclusive com o governo federal e o governo de Minas. “Estávamos com o nome sujo, e isso dificultava ainda mais a gestão”, completou.
Transporte metropolitano
Atualmente, dentro da
À reportagem, Bigodinho afirmou que já tem tratado de alguns pontos diretamente com o secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias,
Essa redução significativa no tempo de deslocamento entre Santa Luzia e Belo Horizonte, segundo ele, será possível por meio de algumas obras, incluindo a construção de uma estação do Move Metropolitano na parte alta do município, como é conhecida a região próxima ao Centro Histórico.
As eventuais melhorias de infraestrutura, no entanto, ainda não resolvem de forma definitiva o problema, já que não há integração tarifária para quem sai das cidades da Grande BH em direção à capital. “É necessário existir um subsídio estadual e federal. Não faz sentido a pessoa gastar R$ 2 para circular dentro de Santa Luzia [no transporte municipal] e, quando precisa trabalhar em BH, pagar mais de R$ 10 para ir e depois mais de R$ 10 para voltar. Se os governos não começarem a intervir na questão do valor das passagens, a situação vai ficar cada vez mais complicada”, afirmou.
Na avaliação dele, os altos valores das tarifas impactam inclusive o mercado de trabalho, sendo um fator impeditivo para que muitos moradores da cidade sejam contratados por empresas localizadas em Belo Horizonte ou em municípios próximos. “Infelizmente, não tem sido atrativo para as empresas contratarem pessoas de Santa Luzia”, avaliou.
Privatização da Copasa
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em definitivo, na última semana, o Projeto de Lei (PL), de autoria do Executivo, que
Com o avanço da tramitação da proposta no Legislativo, a
À Itatiaia, Bigodinho afirmou que, neste ano, a Copasa realizou melhorias em Santa Luzia, mas ressaltou que “só será possível avaliar se a prestação do serviço será melhor com a privatização caso ela, de fato, aconteça”.