O presidente do Partido Missão,
Renan classificou a situação das comunidades como “um colapso civilizatório”, e disse que morar nesses locais é “uma tragédia silenciosa que o Estado fingiu não ver”.
‘O Brasil se favelizou’
Segundo Renan, o país aceitou “por décadas” que milhões de pessoas vivessem em condições precárias.
“O Brasil se favelizou. Nós normalizamos uma situação absolutamente inaceitável. Morar na favela é insalubre, é inseguro, é desumano, e isso precisa acabar de forma organizada e definitiva“, falou. “Não existe projeto de país sério sem enfrentar a questão das favelas. O Estado brasileiro virou as costas para essas pessoas. Nós queremos devolver dignidade, devolver cidade para quem nunca teve cidade.”
Renan disse que uma proposta do partido prevê 5,5 milhões de moradias novas ou reformadas, com bairros planejados e regras rígidas de ocupação.
“Nosso plano não é remendo. É urbanismo real. É pegar regiões degradadas e reconstruí-las com infraestrutura, calçamento, iluminação, escola perto, segurança. Não é só retirar famílias: é oferecer para elas algo infinitamente melhor.”
Ele afirmou que o custo total pode chegar a até R$ 900 bilhões ao longo de vários anos, mas defende que o valor é compatível com o impacto social esperado.
“É caro? É. Mas é mais caro manter o brasileiro aprisionado em territórios dominados por facções. O custo social da favela é impagável.”
‘Romantismo da favela’
Renan criticou artistas e influenciadores que exaltam a estética da favela “sem vivenciar” seus problemas.
“Existe um romantismo conveniente sobre a favela. É bonito para videoclipe, para desfile, para vender para gringo. Mas a vida real ali é sofrimento diário. Eu não aceito transformar miséria em estética.”
Operação no Rio e facções
Ao comentar a
“A intervenção foi necessária. Quem manda em território brasileiro é o Estado, não facção criminosa. O que aconteceu ali foi duro, mas o crime organizado não negocia com o Brasil, ele enfrenta o Brasil.”
“Hoje cada estado luta sozinho. Não funciona. Facção é nacional. A resposta também precisa ser.”