Pré-candidato à Presidência da República e presidente do recém-criado partido Missão, Renan Santos afirmou, em entrevista à Itatiaia, que a COP 30 foi um “sucesso” por ter fracassado em seus objetivos principais. Ele criticou o que chamou de falta de estrutura do evento, além da ausência de lideranças globais durante a conferência.
“Foi uma desgraça o evento, em termos de prestígio. Agora, para o Brasil, o evento foi um sucesso. Como assim? Se o evento tivesse dado certo, a gente teria como resultado a proibição da exploração do petróleo na margem equatorial, e teríamos essas ONGs turbinadas sabotando a agricultura brasileira. O Brasil, às vezes, escreve certo por linhas tortas. Cambaleando igual a um bêbado, uma vergonha internacional, o saldo é que ninguém liga para o que está acontecendo ali”, defendeu.
Questionado sobre as declarações do chanceler alemão Friedrich Merz, que afirmou que a comitiva do país ficou contente em retornar à Alemanha, Renan Santos dobrou a aposta e disse que chegou a ver pessoas que vivem em Bangladesh, país que ele classifica como “um inferno instalado na terra”, falando “muito mal” da organização da COP 30.
“Uma pessoa de Bangladesh ir no seu evento e falar, ‘olha, isso aqui está ruim’, é que a situação não está realmente bem. Estou chamando Belém de ‘Belémgladesh’. Belém não tem condições (de ter um evento desta magnitude). Belém é uma cidade em uma UTI. Belém precisa tirar pelo menos metade de pessoas que vivem em palafitas e em favelas e não organizar eventos que sabotam o próprio país”, argumentou.