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Oposição quer cancelamento de recesso no Congresso após operação contra Bolsonaro; Alcolumbre e Motta tomam decisão

Senadores do PL disseram em coletiva nesta sexta que iriam pedir ao presidente do Senado o fim do recesso parlamentar

Presidente do Senado, Davi Alcolumbre

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta sexta-feira (18) que vai manter o recesso parlamentar de julho, mesmo após pedidos da oposição. Parlamentares aliados de Jair Bolsonaro fizeram o pedido após a Polícia Federal cumprir mandado de busca e apreensão contra o ex-presidente nesta manhã.

“O presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre, reitera que o recesso parlamentar de julho está mantido, conforme amplamente e previamente anunciado. Durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões”, afirmou Alcolumbre em comunicado.

O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), também informou que o recesso parlamentar de julho está mantido.

“As atividades legislativas serão retomadas na semana do dia 4 de agosto, com sessões deliberativas e funcionamento regular das comissões, conforme calendário definido”, disse Motta em nota.

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Senadores do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciaram em coletiva nesta sexta-feira que pediriam ao presidente do Senado o fim do recesso parlamentar. A manifestação ocorreu após Bolsonaro se tornar alvo de uma nova operação da Polícia Federal.

Apesar da pressão, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, afirmou que as atividades do Senado serão retomadas apenas em 4 de agosto.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes aponta que o ex-presidente teria confessado, de forma “consciente e voluntária”, uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira, além de ter atuado com seu filho, Eduardo Bolsonaro, para “interferir no curso de processos judiciais”.

Jornalista com trajetória na cobertura dos Três Poderes. Formada pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb) e especialista em Língua Portuguesa pelo Centro Universário de Brasília (Uniceub), atuou como editora de política nos jornais O Tempo e Poder360. Atualmente, é coordenadora de conteúdo na Itatiaia.