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Emenda ao projeto de federalização da MGI tem parecer pela rejeição na ALMG

Projeto de lei que trata sobre transferência da estatal para a União chegou ao plenário na última semana, mas precisou retornar à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária

Reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da ALMG

O projeto de lei que autoriza a transferência da participação societária de Minas Gerais na empresa Minas Gerais Participações S.A. (MGI) para a União recebeu parecer pela rejeição na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (06). No entanto, a discussão foi adiada para esta terça-feira (07) após pedido de vista da deputada Beatriz Cerqueira (PT).

A proposta, de autoria do governo Romeu Zema, retornou à comissão após ter recebido, em plenário, uma emenda do deputado Carlos Henrique (Republicanos) que previa a garantia de absorção e realocação dos servidores em caso de federalização da MGI, sem interrupção do vínculo funcional.

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O relator da matéria, deputado Zé Guilherme (PP), explicou que o parecer contrário se baseou em aspectos técnicos, já que o conteúdo da emenda trata de tema de competência exclusiva do Executivo.

“Tecnicamente, não é competência do legislador tratar sobre elas (as emendas), é do executivo. Eu não poderia acatar a uma emenda que invade a prerrogativa do governador do Estado. Por isso ela foi rejeitada”, explicou.

Para Zé Guilherme, o texto, voltando ao plenário, deve ser aprovado e receber melhorias antes da análise em segundo turno. “Estão tratando ainda junto com o Estado, para ver se a gente melhora o texto para o segundo turno. Mas ela foi rejeitada e amanhã a gente trata novamente”, afirmou.

O governo argumenta que a federalização da MGI é uma etapa necessária para a adesão de Minas Gerais ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que prevê o refinanciamento da dívida estadual — hoje em cerca de R$ 170 bilhões — em até 30 anos, com juros reduzidos. A MGI concentra as participações do Estado em empresas como Cemig, Copasa e Codemge.

A nova reunião da FFO está marcada para às 15h15 desta terça-feira (07).

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.